Reunião do Executivo vimaranense no "chão de fábrica" tecnológica em Guardizela
A vereação vimaranense reuniu esta quinta-feira pela primeira vez, no interior de uma empresa, "no chão de uma fábrica", do Grupo Pinto Brasil, situada na freguesia de Guardizela.
No mês dedicado pelo Município à Economia, Inovação e Fábrica do Futuro, o Presidente da Câmara justificou a escolha para a sessão descentralizada por considerar aquela empresa um exemplo da aposta no valor do conhecimento e do avanço tecnológico, destacando o "simbolismo para reflectir com os empresários vimaranenses e empreendedores".
O Presidente da Junta de Guardizela deixou uma mensagem de boas-vindas à vereação, saudando a política descentralizada promovida pelo Presidente da Câmara, "com as sessões descentralizadas das reuniões de câmara e intervenções em todo o concelho", "Prova disso", afirmou Paulo Silva, "é o trabalho que tem desenvolvido em conjunto com a Junta de freguesia, como tem sido com a reabilitação e arranjo urbanístico da zona da capela de Santa Luzia, com as construções da Casa da Juventude e Miradouro e apoio às nossas instituições".
O Autarca salientou "o papel preponderante" na freguesia da União Cultural, entidade responsável "pelo único campo de golfe do concelho com um campo de 9 buracos e um projecto que será apresentado em breve com 18 buracos", aproveitando o momento para indicar que brevemente a Adega de São Gião irá construir uma adega de raiz e duas galerias de arte na freguesia, destacando o espírito empreendedor da família Pinto Brasil.
"A escolha da empresa para a reunião de câmara descentralizada é a prova da importância da mesma no nosso concelho", continuou o Presidente da Junta, precisando que a freguesia dispõe de dois parques industriais que necessitam de intervenção: "este precisa de melhores acessos e o Parque Industrial dos Pombais que necessita de melhoramentos estruturais, sei que a Câmara está a trabalhar nestes projectos".
Na qualidade de anfitrião da iniciativa, o CEO do Grupo Pinto Brasil, António Pinto Brasil, fez a apresentação do projecto empresarial fundado há mais de 30 anos. "O meu pai é originário de Creixomil. O grupo foi crescendo ao longo dos tempos e sectorizamos as actividades em indústria, tecnologia, imobiliário e serviços", explicou, ao vincar que na vertente industrial: "é uma empresa de tecnologia que tem uma empresa metalomecânica agregada”, detalhando "o conhecimento aperfeiçoado", com "um elevado grau de adaptação face ao mercado, de modo a garantirmos o fornecimento das soluções mais adequadas às necessidades dos nossos clientes". "Somos o único fornecedor de equipamentos português da Tesla, temos um painel de clientes que nos dá orgulho, empresas que têm dezenas de fábricas de todo o mundo", referiu, indicando a necessidade de expandir as actuais instalações para novos projectos tecnológicos.
No período antes da ordem do dia, o vereador do PSD, Ricardo Araújo, felicitou a família Pinto Brasil pelo trabalho que tem vindo a desenvolver. “É um dos bons exemplos do que se está a fazer no concelho, de empresas que são capazes de se adaptar aos novos desafios do futuro, com inovação e capacidade de resolver problemas", enalteceu, ao reconhecer a importância do mês dedicado à economia, criticando o facto da iniciativa municipal surgir só a meio do terceiro mandato de Domingos Bragança na presidência do Município.
Fazendo questão de entregar um documento com o contributo do partido, o representante social-democrata defendeu que o concelho precisa de um plano estratégico de desenvolvimento económico, tendo ainda insistindo na necessidade da criação de uma Agência com profissionais especializados para a captação de investimento.
Na reacção, Domingos Bragança adiantou que já solicitou a elaboração de um estudo estratégico para o desenvolvimento económico do concelho, reconhecendo também a importância da agência de investimento.
No período antes da ordem do dia, o vereador do PSD, Hugo Ribeiro, considerou que o Município deve olhar para o futuro sem esquecer o presente, referindo-se ao sector têxtil que atravessa um momento de grande fragilidade, enumerando as preocupações que afectam empresários e trabalhadores.
O Presidente da Câmara, Domingos Bragança, realçou que o que tem permitido a prosperidade das empresas do sector têxtil "é a sua capacidade de serem competitivas perante as ameaças exteriores. "O sector têxtil como outro qualquer a nível mundial tem de integrar o topo da tecnologia e do conhecimento. Tem de passar da mão de obra intensiva, para o conhecimento intensivo, envolvendo a economia circular, a automação, a robótica e a transição digital", apontou.
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