Reunião do executivo desvenda alguns projectos "estruturantes" para Pevidém

images/fotoarquivo/2018/politica/reuniao_descentralizada_pevidem.jpg

A reunião quinzenal do executivo vimaranense desta segunda-feira realizou-se nas instalações da empresa J. Pereira Fernandes, em Pevidém, no âmbito do mês dedicado à economia, e a oportunidade serviu para apresentar o trabalho desenvolvido pela empresa têxtil e pela empresa de construção Manuel Couto Alves.

Destacando a evolução de 91 anos de história, Sandra Fernandes, da J. Pereira Fernandes, enalteceu o trabalho desenvolvido pela empresa numa aposta continua na sustentabilidade e no bem estar dos trabalhadores. Já Manuel Couto Alves, do Grupo MCA, apresentou o novo 'hub' com 27.000 metros quadrados que vai nascer na Vila de Pevidém, assim como a aposta em novos sectores como as energias, o desenvolvimento urbano, as infraestruturas e a saúde.

O presidente da Junta de Selho S. Jorge, António Ribeiro, também aproveitou a sua intervenção como anfitrião para sublinhar que o têxtil está no "ADN "de Pevidém. "Somos e fomos o coração da indústria têxtil do concelho. Mas Pevidém é mais do que um território industrial, criador de emprego e riqueza. É um território de gente dinâmica, empreendedora e envolvida nas mais diversas causas sociais e culturais. Por isso, é importante investir em Pevidém, alargando a malha urbana, ficar mais próximo da cidade, do desenvolvimento e do progresso colectivo", apontou o Autarca.     

António Ribeiro recordou algumas "ambições" para Pevidém, concretamente a instalação da Academia de Transformação Digital e respectiva requalificação da Fábrica do Alto, mobilidade e acessibilidades, requalificação do centro cívico, a requalificação EB 2 e 3 de Pevidém, uma área verde de usufruto público, um espaço multiusos e olhar para o clube de Pevidém. 

Tal como é habitual nas reuniões descentralizadas, o executivo aproveitou a manhã para apresentar alguns "projectos estruturantes" em curso na freguesia de Selho S. Jorge, segundo o presidente do Município, nomeadamente o projecto da requalificação da EB 2 e 3 de Pevidém, o projecto da Academia de Transformação Digital, que vai nascer no edifício da antiga Fábrica do Alto, e o projecto da requalificação da Rua Albano Martins Coelho Lima. 

De acordo com o Edil Vimaranense, o projecto de requalificação da EB 2 e 3 de Pevidém está concluído e será financiado a 100% pelo PRR ou pelo Estado. "Um projecto com preço base 12,6 milhões de euros mais IVA. Não é só uma conservação ou beneficiação. Há espaços exteriores, mobilidade fora da escola, autonomia para o pavilhão, novas salas de aula ou auditório. Enfim, uma escola de última geração. O projecto está pronto para ser levado a concurso. A EB 2 e 3 de Pevidém, a Escola Básica e Secundária Santos Simões e a Escola EB 2 e 3 de São Torcato estão mapeadas para serem financiadas pelo PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) ou pelo Governo a 100%", explicou Domingos Bragança, acrescentado o desejo de lançar a obra durante o ano de 2025, esperando a garantia de financiamento para avançar com o concurso.

Quanto à Academia de Transformação Digital, o projecto ainda está em fase de estudo prévio, segundo o arquitecto responsável, Miguel Melo, que justifica o atraso com "dissonâncias sobre a ocupação dos espaços". "As dificuldades são congregar os inputs da Universidade do Minho", disse Miguel Melo, que apontou para a conclusão do projecto de arquitectura para o início do próximo ano. A obra terá um custo aproximado de 13 a 14 milhões de euros, segundo o Presidente da Câmara de Guimarães.

Por último, foi apresentado o projecto de arquitectura para a requalificação da Rua Albano Martins Coelho Lima, numa obra que custará entre três a quatro milhões de euros. 

O Vereador do PSD, Ricardo Araújo, deixou críticas pelos atrasos das obras "anunciadas". "O PS só apresenta projectos e estudos, porque aquilo que era anunciado há quatro anos atrás ainda está por fazer. A Fábrica do Alto e as instalações da Academia de Transformação Digital ainda está em projecto. A requalificação da EB 2 e 3 de Pevidém é uma necessidade de três a quatro anos. Obra e lançamento de concurso nem vê-los. A obra da Rua Albano Martins Coelho Lima é a mesma coisa e a requalificação do centro cívico nem projecto temos. A requalificação do espaço Multiusos também não tem sequer projecto", criticou Ricardo Araújo.

Marcações: Pevidém, reunião descentralizada

Imprimir Email