Totas: “Quero ser o melhor marcador da Série A do Campeonato de Portugal”
Na época que marca o regresso aos nacionais, o Sandinenses está a protagonizar uma campanha tranquila. De alguma forma, este desempenho vai de encontro às expectativas dos jogadores?: "Não podemos dizer que estamos surpreendidos, até porque acreditávamos neste desempenho. O segredo tem sido a forma como temos trabalhado e como temos encarado a dificuldade do desafio. O facto de alguns dos jogadores que foram contratados terem vindo dos campeonatos distritais, além de ter transitado um grupo alargado da época passada, levou a que tenhamos de perceber que temos de dar sempre mais um bocadinho em prol do clube. Temos encarado o desafio como sendo algo difícil, mas acho que estamos a corresponder às expectativas".
Vai um pouco de encontro ao que o treinador, Ricardo Martins, tem afirmado, que o grupo tem procurado fazer das fraquezas forças para poder contornar as dificuldades?: "Sabemos que por comparação com os outros adversários não temos as mesmas condições, concretamente nos horários de trabalho. Percebendo também que há plantéis mais fortes, temos procurado encontrar as nossas mais-valias com a nossa união".
O Sandinenses encontra-se numa posição tranquila, mas continua obrigado a estar alerta em função da diferença pontual para os lugares que ditam a descida?: "Temos consciência que muitos clubes gostariam de estar na nossa posição, a fazer uma campanha igual à nossa, mas também temos consciência de que não nos podemos descuidar porque rapidamente qualquer clube pode cair nos lugares de despromoção. A diferença pontual é muito reduzida, descem muitas equipas e o campeonato é extremamente equilibrado, pelo que temos de estar sempre atentos".
Nesse sentido, a ambição do grupo passa por subir mais um degrau na tabela classificativa?: "O pensamento é mesmo jogo a jogo. É um facto que temos de olhar para a tabela, porque a nossa posição deixa-nos orgulhosos, mas o nosso principal foco é sempre o próximo jogo, neste caso o embate com o Portosantense. Queremos sempre ganhar, depois, no final, como sempre acontece no futebol, faremos as contas".
O campeonato está a ser tão equilibrado como era expectável no arranque?: "Temos o Camacha e o Pevidém já destacados, mas os outros clubes estão separados por poucos pontos. É um pouco à semelhança do que tem acontecido nas épocas anteriores. O CP tem sido bastante competitivo, não é uma surpresa quando vemos os últimos bater os primeiros".
Do ponto de vista pessoal, os oito golos, cinco no Campeonato de Portugal, deixam-no orgulhoso?: "Sim. No fundo os golos ajudam-me a perceber que o trabalho que tenho feito está a ser recompensado. Felizmente tenho conseguido ajudar a equipa com o que esperam de mim. Sinto-me orgulhoso, mas sem excesso de entusiasmo porque fazer golos é algo que me caracteriza. Se não estivesse a marcar é que estaria preocupado".
Já igualou a marca da época passada e ultrapassou as anteriores. Tem alguma meta a atingir?: "Gostava muito de chegar aos 16 golos, dobrar a marca actual. Mas, isto é de coração, o que me importa mesmo é que possamos conquistar os objectivos colectivos. Sinto que sou apenas mais um para ajudar porque valemos como um todo. Obviamente que me sinto satisfeito por marcar os golos, mas fico muito mais feliz quando ganhamos. Espero é que o Sandinenses cumpra os objectivos colectivos".
É o jogador com mais participações em golo nas quatro séries do Campeonato de Portugal, com cinco golos e quatro assistências...: "Sem dúvida que é muito gratificante poder contribuir com assistências além dos golos. Olho para esses números, que quero manter. Não é o meu principal objectivo, mas quero muito ser o melhor marcador da Série A do Campeonato de Portugal. As assistências não são tão destacadas, mas é algo que também me deixa orgulhoso".
Marcações: Sandinenses, Totas