Ronfe não escapa da descida aos distritais

A quatro jornadas do final da série A da 3ª Divisão Nacional, o Ronfe deixou de ter hipóteses matemáticas de assegurar a manutenção. A derrota na casa do Valenciano por 3-0 atirou o Juventude para os campeonatos distritais. Mais tarde ou mais cedo iria acontecer. À passagem da 30ª jornada da 3ª Divisão, o Ronfe viu consumada a descida aos campeonatos distritais da Associação de Futebol de Braga. A formação vimaranense, ao perder no terreno do Valenciano por 3-0, ficou a uma diferença pontual da primeira equipa acima da linha de água superior aos pontos em disputa. Este cenário já se adivinhava, uma vez que a distância dos lugares que dão direito à permanência para o último lugar que o Ronfe ocupa à vários jornadas foi sempre muito significativa.

Nas últimas jornadas, fruto da melhor série de resultados, duas vitórias e um empate, o Juventude de Ronfe foi adiando a descida, até que deixou de ter quaisquer hipóteses depois de perder na casa do Valenciano, líder do campeonato e principal candidato à subida de divisão.
A descida aos distritais é o culminar de uma época marcada por demasiados percalços. O plantel foi constituído depois de uma longa indefinição directiva. O Presidente José Faria apenas esteve no clube durante dois meses. João Machado trouxe outra tranquilidade directiva ao clube, mas os resultados, apesar do plantel ter sido reforçado, continuaram sem aparecer. Franklim Lemos, que começou a época como treinador do clube, cedeu o seu lugar a Carlos Alberto. O técnico também não teve vida fácil e os resultados apareceram tarde.

No final do jogo com o Valenciano, Carlos Alberto traduziu o desalento da equipa por não ter evitado a descida, afirmando que “esta Direcção não merecia isto. Eles têm cumprido com tudo aquilo que temos solicitado. O que é certo é que a equipa tem tido um comportamento mais aceitável nos últimos tempos, mas faltou-lhe alguma coisa para não melhorar os resultados.” Para o treinador do Ronfe, “as constantes falhas na finalização foram o nosso pecado. Não tivemos os jogadores para marcar golos nem a sorte necessária em muitas situações. Criamos muitas oportunidades em muitos jogos, onde a equipa jogou relativamente bem, mas não conseguimos as vitórias.” Daí que o treinador revele “alguma frustração. Sentimo-nos bastante defraudados.”
Carlos Alberto afirma que “depois de ter tomado conta da equipa sensivelmente a meio do campeonato, os resultados foram melhorando pouco a pouco. Mas, não conseguimos alcançar o objectivo desejado, que era tirar a equipa da zona do fundo da tabela. É essa a nossa mágoa, o nosso mal estar. Tentamos tudo o que era possível, dentro das condições que tínhamos.” O treinador recorda que “tentamos fazer algumas mexidas para melhorar os resultados. Mas, a seriedade da Direcção não permitiu outras aventuras. É certo também que tivemos muitas contrariedades com o plantel que temos. Houve muitas lesões e castigos prolongados. Foi um sem número de situações que contrariaram os nossos objectivos. Se assim não fosse, mesmo com o plantel que temos, podíamos ter alcançado a manutenção.”

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