Três pintainhos nasceram na Escola Secundária Martins Sarmento

Três pintainhos são as novas mascotes da Escola Secundária Martins Sarmento. Nasceram há poucos dias, no decorrer de uma actividade da disciplina de Biologia, leccionada pelo professor Filipe Freitas. No âmbito dos conteúdos programáticos daquela disciplina, o tema da «Reprodução Humana» originou o desenvolvimento de uma experiência cujo resultado acabou por ser inesperado. O professor reconheceu que “o sentido ético” demonstrado pelos estudantes das turmas do 12º CT 3 e do 12º CT 5 determinou uma alteração na actividade inicialmente proposta. Filipe Freitas confessou que a ideia de colocar ovos numa estufa visava “proporcionar aos alunos o acompanhamento do desenvolvimento embrionário”. “Como não poderíamos verificar o desenvolvimento embrionário nos humanos, pensamos fazer a investigação numa ave, neste caso, nas galinhas”, revelou o docente, satisfeito por verificar o impacto que o nascimento dos três pintos teve junto dos alunos e da restante comunidade educativa.
“O objectivo era abrir os ovos com alguns dias de germinação para ver o desenvolvimento que tinham, mas os alunos não quiseram que os futuros pintainhos fossem mortos e tivemos que alterar o esquema, deixando-os germinar. Só nasceram três, mas estamos contentes”, reconheceu Filipe Freitas, reconhecendo o sentido ético e a dedicação dos alunos no decurso da actividade . “Esta experiência obrigou os alunos a um envolvimento diário, porque era preciso virar os ovos, verificar a humidade dentro da estufa, enfim, uma grande dedicação. E até os funcionários deram o seu contributo”, continuou o professor.
Apesar de terem sido colocados na estufa que serviu de chocadeira artificial cerca de duas dezenas de ovos, apenas nasceram três pintos. Mas, o professor adiantou: “o resultado foi muito bom. Os outros ovos vão permitir igualmente a realização da investigação pretendida em relação ao desenvolvimento embrionário”. Filipe Freitas assinalou que a sua preocupação prende-se agora com os laços afectivos criados com o nascimento dos três pintos no laboratório da escola. “Eles já têm nome: o Fernandes, o Francisco e a Francisca. Todos ficaram muito interessados nos pintainhos”.
Não obstante confessar que, em jeito de brincadeira, “ainda se chegou a pensar matá-los e fazer um arroz de frango”, o professor adiantou que os pintos quando estiverem suficientemente desenvolvidos “vão crescer em S. Torcato, num galinheiro caseiro”, pertencente à família de uma aluna envolvida na actividade. Porém, o docente não escondeu: “há um problema que se mantém: quando eles forem adultos, não sei o que vai acontecer. Ninguém terá coragem de torcer o pescoço a estas aves que foram tão acarinhadas”.

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