Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Guimarães vai ser ampliada
O Hospital da Senhora da Oliveira (HSOG) vai reforçar a capacidade da Unidade de Cuidados Intensivos, com a realização de obras que vão permitir a ampliação das actuais instalações.
O anúncio do concurso público para a empreitada foi publicado na semana passada em Diário da República, sendo o preço-base para a execução da obra de cerca de 1 milhão e 300 mil euros.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração da HSOG, a concretização deste projecto constituirá "um elevadíssimo up-grade para o Hospital, porque é uma obra de extrema importância para o tratamento dos doentes que tenham que afluir a esta Unidade". "Temos uma unidade antiga com sete camas que recentemente passou a Serviço de Medicina Intensiva", observou Henrique Capelas, justificando que a obra será concretizada graças ao reforço de verbas concedido pelo Ministério da Saúde.
"Nesse reforço, o HSOG foi contemplado com 1,8 milhões de euros que é o volume total deste investimento, sendo que de obras agora lançadas no valor de cerca de 1 milhão e 300 mil euros", acrescentou o responsável, assinalando que as actuais instalações serão ampliadas. "As ampliações neste Hospital nunca são fáceis porque o edifício tem características arquitectónicas muito específicas, o que torna por vezes difícil as intervenções", indicou, considerando que o investimento permitirá dotar o serviço "com 10 camas de nível III de Cuidados Intensivos, para além das seis camas que já pertencem a este serviço e que estão no actual serviço de urgência - são seis camas de nível II, mas que em qualquer altura poderão ser transformadas em camas de nível III". "Esta versatilidade é muito importante por aquilo que já passamos ao nível da Covid-19 e espero que não voltemos a passar, mas é um investimento estratégico porque permitirá ao Hospital responder com mais celeridade aos casos intensivos, de maior urgência", asseverou, ao dar conta que "a intervenção insere-se num plano mais vasto determinado pela Sra. Ministra da Saúde, de colocar Portugal ao nível dos indicadores europeus, com o reforço do número de salas de medicina intensiva".
Lembrando "a fase mais aguda" da crise sanitária da Covid-19, Henrique Capelas precisou que o Hospital chegou a ter "207 cidadãos infectados com o SARS-Cov-2 internados, o que representava quase cerca de 50 por cento das camas disponíveis na unidade hospitalar". "Mostra o grande esforço dos profissionais, a grandiosidade de todo o problema que tivemos de combater, felizmente com êxito. Tivemos uma capacidade de resposta em que foi necessário inovar. Não tínhamos, nem temos, as camas de nível III que nos permitissem fazer face a essa crise. Tivemos de fechar blocos operatórios por causa da pressão negativa e instalar em cada um deles três camas que passaram a ser transformadas em camas de cuidados intensivos. Com a ampliação da UCI significará que, se voltar a acontecer uma crise com este nível de exigência - esperemos que não - já poderemos ter resposta ao nível da Medicina Intensiva e não vamos ter de fechar blocos operatórios para dar resposta aos doentes".
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