Dia UM de Portugal
A coincidência temporal da publicação deste artigo com a celebração do feriado municipal de 24 de junho é motivo suficiente
para interromper a sequência de reflexões sobre a ideia de futuro para Guimarães, enunciada na primeira colaboração.
É esse o motivo principal para que na Torre da Alfândega – a inaugurar requalificada durante as Festas Gualterianas e da Cidade – conste a inscrição “Aqui Nasceu Portugal”, e para que a nossa Cidade seja referida, nacional e internacionalmente, como o “Berço da Nação” e “Cradle of Portugal”, respetivamente.
Esta inspiração de conquista que alimenta o sentido de pertença e que produz o brio que em todos os vimaranenses se eleva são motivo de sobra para que, durante estes dias de junho, nos debrucemos sobre o nosso feriado municipal e o queiramos fazer sentir em todo o país.
Estamos a caminhar a passos largos para a celebração dos 900 anos desse Ato Fundador, e os trabalhos correm na sua preparação, com a Comissão Científica e a Comissão Artística a desenvolverem um programa de ação que envolverá o país e toda a comunidade vimaranense.
No centro dessas celebrações estará, como não podia deixar de ser, numa Cidade Europeia de Cultura, a contemporaneidade. Não apenas a Batalha em si, mas os 900 anos de história de um País que Guimarães ajudou a fundar, partindo das bases do Condado, para o Portugal que hoje conhecemos.
Ao longo das comemorações será fundamental relembrar aqueles que ao longo dessas nove décadas se destacaram em Guimarães e no País, bem como das áreas estratégicas de desenvolvimento e dos feitos alcançados coletivamente.
Exemplo disso são as distinções honoríficas a serem atribuídas na próxima sessão solene do 24 de junho de 1128: ao homenagear o Exército Português, a Escola de Engenharia da Universidade do Minho, o semanário O Comércio de Guimarães, Dulce Félix, Rui Bragança, a Irmandade de São Torcato, Roriz Mendes, Paulo Novais, Rodrigo Areias e Cristina Vaz.
Reconhecemos o mérito daqueles que, no presente, dão contributos relevantes para a construção do país, relembrando os feitos do passado, e o papel de Guimarães e dos vimaranenses no país de que somos Berço.
Mas, o mais importante será não ficar pelo presente. Será pensar sobre o futuro, a partir do espírito de conquista da Fundação para dar mais mundos ao mundo, continuando, a partir de Guimarães, uma afirmação que, agora,
queremos que seja pela Inovação, Criatividade e Sustentabilidade, tendo bem presente o país que queremos ser, e o papel que queremos que esta região desempenhe nesse caminho.
E, afinal, este artigo não trata apenas de passado. Porque tudo o que hoje fizermos terá um qualquer reflexo no futuro. Um reflexo que todos queremos seja o melhor para Guimarães e para Portugal.