Família exige explicação sobre morte de recluso na prisão
Os familiares do homem de etnia cigana que alegadamente se enforcou no Estabelecimento Prisional de Coimbra vão requerer à Direcção-Geral dos Serviços Prisionais a abertura de um inquérito para apurar as verdadeiras causas da morte. Os familiares levantam algumas dúvidas quanto ao alegado suicídio, pelo que exigem ter acesso ao resultado da autópsia. Querem também saber quais as razões que levaram à sub-nutrição do homem, que chegou a residir no Bairro da Atouguia, em Guimarães, e que havia sido condenado a um cúmulo jurídico de 10 anos de cadeia por crime de homicídio.O homem sempre se confessou inocente, uma teoria que acabou por ser
confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça. É que a defesa, depois da
sentença decretada em Julho de 2004, recorreu primeiro, para o Tribunal da Relação de Guimarães e, posteriormente, para o Supremo, que acabou por anular a decisão da primeira instância. Uma decisão que já chegou tarde para Adolfo Monteiro.
Refira-se que Adolfo Monteiro, com apenas 33 anos, deixou mulher e oito
filhos. Era acusado de um crime de homicídio que vitimou um alegado
traficante de droga, em Abril de 2003, no Monte da Ermida, em Barrosas.
A família pondera processar o Estado.
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