Arguidos da morte de 'Conde' remetem-se ao silêncio na repetição do julgamento

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No início da repetição do julgamento da morte do vimaranense Fernando Ferreira, conhecido por «Conde», o Colectivo de Juízes ouviu as declarações dos arguidos prestadas na instrução do processo. Nessa altura, o arguido José Carvalho assumiu que estado presente no momento em que o 'Conde' caiu à água, mas não viu como isso aconteceu porque estava a abandonar o local.

O arguido disse ter conhecido Toni do Penha num café e tendo ficado sensibilizado pelo desespero de Toni aceitou acompanhá-lo e ao Fernando Ferreira para um local isolado junto ao rio, onde Toni do Penha questionou Fernando Ferreira pelos 135 mil euros que lhe havia desaparecido de casa, tendo Conde dito que não sabia nada sobre o dinheiro. José Carvalho confessou que viu o Toni do Penha agredir o Conde mas acabou por abandonar o local, assumindo ter levado o carro do Conde que guardou numa garagem em "desespero".

Recorde-se que o electricista vimaranense, conhecido por «Conde», desapareceu no dia 8 de Janeiro de 2020. Ao sair de casa, anunciou que iria encontrar-se com um amigo mas jamais voltou. Após buscas realizadas por autoridades, familiares e amigos, foi encontrado morto no rio, na freguesia de Barco, 14 dias depois do seu desaparecimento.
As investigações promovidas pela Polícia Judiciária concluíram pela existência de homicídio e faziam do empresário vimaranense da noite António Silva, conhecido por Toni do Penha, o principal suspeito.
Julgado em primeira instância, foi condenado a sete anos de prisão não por homicídio mas pelo crime de exposição e abandono de «Conde». A defesa recorreu e o Tribunal da Relação de Guimarães mandou repetir o julgamento por considerar que a sentença de primeira instância expôs-se a "nulidades", apresentou "contradições insanáveis" e "formulações alternativas inaceitáveis" quanto às circunstâncias do crime.

Na repetição do julgamento, sentam-se no banco dos réus sentam-se quatro arguidos. Para além de Toni do Penha e José Carvalho, estão ainda Hermano Salgado e Pedro Ribeiro.


Marcações: conde, julgamento, repetição

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