Toni do Penha e cúmplice condenados a 20 anos de cadeia cada um pela morte de Conde

O Tribunal de Guimarães condenou esta quarta-feira a penas de 20 anos de cadeia, os dois arguidos acusados da morte de Fernando Ferreira, conhecido por Conde.

Para o tribunal ficou provada a generalidade dos factos, segundo os quais «Toni do Penha» e José Miguel Carvalho executaram um plano previamente acordado para matar Conde caso este não devolvesse os 135 mil euros que Toni acreditava que aquele lhe roubara.
O Tribunal salientou que os factos ocorreram no Inverno, junto ao rio e em local ermo,  escolhido por Toni que previamente contactou José Carvalho e mais dois indivíduos, para dar um "aperto" em Conde. Ainda segundo o Tribunal, Conde caiu ao rio depois de ser agredido com "empurrões e socos", ao mesmo tempo que os arguidos abandonavam o local sem pedir por socorro, sendo que José Carvalho tratou de esconder a viatura da vítima. Os arguidos retomaram as suas vidas indiferentes às notícias de que davam conta, primeiro, do desaparecimento de Conde e, depois, sobre a localização do seu corpo, sem vida, no rio.

O Tribunal concluiu que houve dolo e concluiu dos arguidos que agiram com "frieza e calculismo", numa "vontade criminosa de especial censurabilidade e perversidade".
Os arguidos foram então condenados, cada um, a 19 anos de cadeia pela prática de um crime de homicídio qualificado e três anos pelo crime de furto. Em cúmulo, foram os arguidos condenados, cada um, a uma pena de 20 anos de cadeia.
Os dois arguidos foram ainda condenados ao pagamento aos familiares da vítima de uma indemnização total de 164 mil euros. O arguido José Carvalho foi ainda condenado a pagar 11 mil e 700 euros pela inibição de uso da viatura.
O representante da família de Conde, Miguel Azadinho, considerou que quatro anos depois, o tribunal fez, finalmente, justiça.

As defesas dos arguidos manifestaram-se inconformadas com o acórdão e prometeram apresentar recurso.


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