Tribunal já despachou o processo da Camorra em Janeiro
Está marcado para Janeiro o início do julgamento dos 54 indivíduos, portugueses e italianos, alegadamente envolvidos numa mega-fraude financeira perpetrada pela Camorra napolitana, um dos quatro ramos da máfia italiana. O processo está no Tribunal Central de Instrução Criminal que marcou já o julgamento para o início do próximo ano, em Lisboa. O caso envolve três empresas de Guimarães, duas do ramo têxtil e uma de produtos químicos, que acabaram por ser lesadas. A fraude, avaliada em sete milhões de euros, terá lesado cerca de 300 empresas e a totalidade dos bancos a operar em Portugal. O caso foi despoletado pel'O COMÉRCIO DE GUIMARÃES em Fevereiro. Três empresas de Guimarães foram burladas pela Camorra. A Lameirinho foi uma das empresas mais afectadas por esta mega-fraude, que atinge os seis milhões de euros. Apesar dos nossos esforços, o Conselho da Aministração da empresa de Pevidém nunca se quis pronunciar sobre o assunto. Uma das outras três empresas burladas fica sediada em S. João de Ponte, estando também já o processo em Tribunal. A Camorra, uma rede organizada que operava a partir de Itália, subtraía e falsificava cheques sobre a banca nacional portuguesa, a maior parte deles emitidos por empresas nacionais e remetidos a empresas italianas, com vista ao pagamento de facturas, no âmbito do seu normal funcionamento. Grande parte dos indivíduos está em prisão preventiva, acusados por vários crimes, entre os quais burla qualificada e fraude fiscal. Os italianos apresentavam-se com bilhetes de identidade falsos, fazendo-se passar por portugueses, pelo que houve vários empresários nacionais que chegaram a ser constituídos arguidos. Só as câmaras instaladas nas instituições bancárias detectaram as imagens dos verdadeiros culpados, acabando por ser fundamentais para a absolvição dos empresários portugueses. De acordo com a conclusão das investigações, o grupo actuou durante o segundo semestre de 2002 e o primeiro de 2003.Marcações: Judicial