Pimenta Machado não financiava o Vitória
Na audiência desta manhã do julgamento de Pimenta Machado e Vale e Azevedo, foram ouvidos como testemunhas, os ex-presidentes da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal. António Fernandes da Silva ressalvou, inicialmente, que enquanto presidente do Conselho Fiscal não tinha poderes de polícia e só conhecia os dados e documentos fornecidos pela Direcção. Enquanto arquitecto disse ter prestado serviços pedidos particularmente por Pimenta Machado que este mandou debitar à off-shore Victory Manegement Limited de que se intitularia proprietário. Os valores não revelou, mas disse que nunca lhe foram pagos. Sobre os 90 mil contos da comissão de transferência de Meira, a testemunha obteve a informação de Pimenta Machado de que correspondia a um valor instituído pela FIFA.Uma afirmação curiosa do ex-Presidente do Conselho Fiscal, foi a de que nunca se apercebeu que Pimenta Machado financiasse o Vitória. Sobre a existência de um saco azul no Clube, afirmou só ter conhecimento da sua existência pelas notícias na comunicação social.
Quanto a José Cotter, falou sobre a alegada acta falsa que serviu para vender um terreno a uma empresa de Fafe. O ex-presidente da Assembleia Geral, afirmou que a segunda acta é mais fiel do que a original, já que faz a transcrição da proposta que foi votada e aprovada pelos sócios. No entanto, não deixou de dizer que ficou perplexo com o borrão que, afinal, levou a que fosse reescrita uma acta que não tinha sido afectada.
Na audiência desta tarde vai ser ouvido o Presidente da Câmara na qualidade de testemunha de acusação, arrolada pelo Ministério Público.
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