Sindicato dos Enfermeiros diz que há "atropelos" ao CCT no Centro Social de Nespereira

images/fotoarquivo/2018/freguesias/nespereira/unidade-cuidados-nespereira.JPG

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses considera que há "atropelos" ao Contrato Colectivo de Trabalho na Unidade de Cuidados Continuados do Centro Social e Paroquial de Nespereira.

Falando após uma reunião "inconclusiva" mantida com a Direcção daquela instituição, o sindicalista Pedro Gonçalves referiu estarem elencados "problemas que consideramos ilegalidades". Nomeadamente, "a obrigatoriedade de turnos de 12 horas que são ilegais, impor que pausas para almoço ou jantar não sejam contabilizadas para tempo de trabalho e os horários não são feitos atempadamente". Ora, acrescentou, "os profissionais têm de conhecer com a antecedência necessária os horários de trabalho para poderem organizar a sua vida pessoal e familiar".
No actual contexto de trabalho e desde o início da gestão da nova direcção presidida pelo Pároco Francisco Xavier, Pedro Gonçalves salienta que existe um "clima de desânimo" entre os enfermeiros da instituição.
"O desânimo é grande. De acordo com os relatos que nos fazem, se antes desta direcção ter iniciado funções, havia um bom ambiente de trabalho mas essa ambiente está a ser prejudicado o que ajudará a explicar a flutuação de profissionais na instituição. A saíde de variadíssimos profissionais foi por algum motivo", salientou.
Considerando que da parte da direcção do Centro Social de Nespereira, o Sindicato percebeu alguma aparente falta de vontade de resolver os problemas identificados, Pedro Gonçalves diz que os enfermeiros trabalham num "clima de insegurança".

"Há relatos de colocações de muitos profissionais novos e as suas integrações nem sempre são feitas e, então, começa a haver algum sentimento de insegurança na prestação dos cuidados, Ou seja, se trabalho com uma equipa capacitada e integrada no serviço, qualquer ocorrência que haja as pessoas sabem que protocolos devem seguir e como devem actuar. Ora no actual cenário isso começa a ser posto em causa", afirmou.
Ainda de acordo com Pedro Gonçalves, "as pessoas começam a ter um sentimento de maior insegurança e algum receio e receiam que os utentes acabem por ser prejudicados devido às alterações que têm havido desde que a actual direcção iniciou funções".
Depois de uma primeira reunião inconclusiva, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses espera que num segundo contacto a realizar durante o mês de Junho, a Direcção do Centro Social de Nespereira possa apresentar soluções para corrigir os problemas identificados.

Apesar das diversas tentativas do Grupo Santiago, até ao momento não foi possível contactar com os responsáveis do Centro Social e Paroquial de Nespereira para obter uma reacção à informação veiculada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.


Marcações: Centro Social de Nespereira, Sindicato dos Enfermeiros

Imprimir Email