Pais das crianças do Centro Social de Nespereira acusam Direcção de "distorcer a realidade"

Os pais das crianças do Centro Social de Nespereira reagiram ao comunicado da Direcção da instituição. Em comunicado consideram que a versão apresentada é "distorcida da realidade".

Sobre o encerramento da sala 5, os pais referem que não funcionou no ano anterior em virtude de haver apenas três meninos que transitavam para a referida sala e que teriam de ficar na sala 4, motivo pelo qual optaram pelo ensino pré-escolar público. Ora, este ano, acrescentam, são 17 os meninos a transitar para a sala 5, motivo pelo qual os pais consideram que a não funcionar, ficarão 17 famílias "desamparadas". Lamentam, de resto, que a decisão de não funcionar a sala 5 foi tomada "de um dia para o outro, sem qualquer justificação e apenas a um mês do fim das inscrições no ensino pré-escolar público". Afirmam os pais que quando a Direcção foi questionada com os motivos do encerramento da sala, foi exigido um número mínimo de 21 crianças e uma mensalidade de 422 euros, valor que consideram "impraticável para a maioria dos pais".

Sobre a situação financeira do Centro, os pais referem que os valores disponíveis em caixa e depósitos bancários "são suficientes para face ao passivo corrente - responsabilidades de dívida a curto prazo, sendo "a autonomia financeira da instituição de 32,5%".
No mesmo comunicado, os pais consideram ser "intelectualmente desonesto pretender «enganar» quem não percebe de contas e afirmar que a abertura da sala implicaria um défice que colocaria em causa a sua estabilidade financeira", numa instituição que "apresenta resultados positivos superiores a 200 mil euros e que tem dinheiro em caixa e depósitos à ordem".

Os pais denunciam ainda que desde a tomada de posse da nova Direcção, os colaboradores "viram-se obrigados a praticar actos que iam contra o bem estar e qualidade de atendimento dos utentes e que, ao sofrerem pressão e intimidação para os praticar, não concordando com isso, optaram pela denúncia do contrato".
A situação foi exposta pelos pais, no final de Abril, ao Arcebispo Primaz de Braga mas ficou sem resposta.


Marcações: Centro Social de Nespereira

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