Primeiro-Ministro vai inaugurar nova unidade de acabamentos têxteis na JF Almeida em Conde
O Primeiro-Ministro vai inaugurar na próxima sexta-feira uma nova unidade da empresa JF Almeida dedicada aos acabamentos têxteis, situada na freguesia de Conde. A cerimónia está marcada para as 9h30.
A nova unidade fabril representa um investimento de 15 milhões de euros e faz aumentar para cinco as unidades produtivas daquela empresa cuja sede está localizada na vila vizinha de Moreira de Cónegos.
Em declarações ao nosso jornal, a administradora Juliana Almeida destacou o simbolismo da presença do Primeiro Ministro, na cerimónia inaugural de um projecto que permite "criar um novo segmento de negócio - de roupa de cama.
"Até ao momento, a JF Almeida era essencialmente produtora de atoalhados de felpo. Este investimento envolve uma nova tecelagem e uma nova unidade de acabamentos que permite-nos entrar nesse novo negócio. Relativamente aos acabamentos, dado que a nossa capacidade produtiva é muito superior às nossas necessidades internas, servimos o mercado interno e externo", afirmou, ao dar conta que recentemente foram contratados cerca de 45 novos colaboradores.
Esta unidade de acabamentos têxteis já está em funcionamento desde maio, estando previsto para o próximo mês "a recepção de uma lâmina", enquadrando-se num programa de investimentos de maior dimensão. "Com estes novos investimentos prevemos, quando estiver tudo a 100 por cento, facturarmos perto de 80 milhões de euros", revelou a responsável, sublinhando que a capacidade de investimento está "no ADN" da JF Almeida.
"Acreditamos que é no investir que está o futuro das empresas. Estamos constantemente a dotar a JF Almeida de meios para sermos uma empresa do futuro. Ao investir, estamos a ser mais competitivos no mercado, a ser mais eficientes energeticamente, a conseguir reduzir consumos de químicos e de água", explicou Juliana Almeida, ao destacar que a empresa tem 830 colaboradores "e possivelmente terá de continuar a recrutar mais pessoas".
No conjunto de investimentos, a empresa aposta na componente tecnológica, introduzindo recursos avançados que permitem automação de alguns processos, "com máquinas que trabalham sem a acção humana".
"Acreditamos que é no investimento que está o ganho. Temos o nosso parque de máquinas totalmente modernizado em todas as áreas de negócio. Começamos na fiação, seguimos a tecelagem, temos confecção, a tinturaria de fio e de peça, novos acabamentos, a logística... somos totalmente verticais, o que nos permite apresentar prazos melhores aos nossos clientes e daí os novos investimentos em novas áreas. Este ano, também investimos numa linha de torcedura na fiação que era um serviço anteriormente sub-contratado, o que nos permite ter maior flexibilidade, menor custo de transformação da matéria-prima e ter um melhor controlo de custos e de qualidade", detalhou a responsável, sem ignorar o nível de incerteza que enfrenta o sector têxtil. "Obviamente que estamos preocupados. Os últimos anos já têm sido marcados pela incerteza, mas acreditamos na nossa capacidade de produzir artigos com qualidade. Temos encomendas, estamos a trabalhar a 100 por cento e a aposta nesta nova área de negócio permite diversificar ainda mais a nossa carteira de produtos e de clientes", referiu, indicando que a empresa foi criada em 1979, tornando-se uma referência no setor têxtil para o lar.
Actualmente conta com uma equipa superior a 830 profissionais qualificados e com um moderno parque industrial, em Guimarães, que lhe permite assegurar uma resposta rápida às solicitações.
Opera num setor tradicional da economia portuguesa, mas orienta-se para a exportação (80% da produção), diferenciando-se na qualidade do produto final, na tecnologia, na capacidade de resposta, na flexibilidade produtiva e no design atractivo.
Fotos: Cedidas pela JF Almeida
Marcações: Primeiro Ministro, JF Almeida