«Manifesto do Minho» conta com supercomputador em Guimarães
A comissária europeia para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Maryia Gabriel, e o ministro português da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, estiveram esta sexta-feira em Guimarães para conhecer os avanços do Centro de Computação Avançada do Minho (MACC), que vai receber em 2022 o novo supercomputador ecológico Deucalion.
Na sessão foi entregue o «Manifesto do Minho» dos directores dos centros europeus que alojam os cinco sistemas de supercomputação com apoio da UE, situados na Bulgária, Eslovénia, Luxemburgo, Portugal e República Checa.
De resto, este evento faz parte do programa da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia e do “MACC User Group Workshop”, o qual decorre desde terça-feira na UMinho, com participantes de todo o mundo.
O ministro português da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, explicou que tipo de aplicações pode ter o supercomputador que ficará instalado no Avepark, na freguesia de Barco. "Estamos a falar de aplicações que vão desde da prevenção do cancro ou deteção de tumores, à questão da prevenção dos fogos, com sistemas de observação da terra ou ainda à mobilidade de uma cidade. São sistemas que hoje têm muitos dados e que precisam de ter poder computacional para serem tratados. Há também outros casos, como a origem da matéria ou comunicações quânticas. Portanto, são áreas de ciência fundamental que precisam cada vez mais de grandes computadores para serem usados. Esta rede de cinco computadores europeus vai possibilitar o acesso a actividades de investigação e inovação", disse.
O governante advertiu que o Deucalion tem "elevados" custos energéticos e de operação, porque tem de estar a temperaturas baixas e de grande controlo". "Estes supercomputadores estão a ser instalados com energias renováveis. No Averpark, este computador está a ser instalado com um ecossistema energético, co-financiado pelo fundo ambiental, de forma que o supercomputador seja alimentado pela energia solar e eólica, reduzindo os custos de energia. Este novo supercomputador vai substituir o antigo, reduzindo em 30% os custos de operação", acrescentou o ministro.
Manuel Heitor referiu ainda que "dependendo da taxa de utilização", estima-se que a máquina portuguesa tenha um custo anual de operação de cerca de um milhão de euros.
A cerimónia decorreu no Instituto de Design, no campus de Couros da Universidade do Minho.
O evento realizou-se no âmbito do programa da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia. Deucalion é o novo supercomputador português ecológico da EuroHPC – Iniciativa Conjunta de Computação de Alto Desempenho da Comissão Europeia. Estará operacional em 2022 no MACC, no Avepark, em Guimarães, o maior dos quatro centros operacionais de computação avançada em Portugal, propriedade da FCT e com coordenação científica e operacional da UMinho.
Marcações: Avepark, supercomputador, Deucalion, Manifesto do Minho