Coelima: Administrador defende "venda antecipada do estabelecimento" para salvar a empresa
O Administrador da Insolvência da Coelima defende no seu relatório que deverá ser apreciado e votado na assembleia de credores de amanhã, sexta-feira, ser "incontornável" avançar para a "venda antecipada do estabelecimento". Na opinião de Pedro Pidwel, trata-se de uma opção que "permitirá salvaguardar os postos de trabalho e, consequentemente, o próprio estabelecimento, evitando deteriorações e depreciações resultantes do encerramento".
encargos operacionais para o comprador do estabelecimento".
Pedro Pidwel realça no mesmo relatório que a Coelima "não tem meios de tesouraria
para assegurar a totalidade dos encargos operacionais e fiscais de Junho, e que, nessa medida, se não for possível conseguir articular o timing proposto, o desfecho inexorável será o encerramento da empresa e consequente despedimento dos trabalhadores".
O Administrador realça que duas das propostas não apontam para a forma de um Plano de Insolvência e, por esse motivo, "tal solução, apesar dos seus méritos,
não se afigura adequada ao caso concreto, atenta a delonga na tramitação
processual que obriga". Por isso, considera que tal solução não é aquela que melhor protege os interesses dos credores da massa e dos trabalhadores da empresa.
"Nessa medida, a solução que se preconiza é a venda do estabelecimento enquanto universalidade de bens e direitos, onde se incluem, naturalmente os contratos de trabalho e os direitos de propriedade industrial e o nome Coelima", acrescenta.
Neste contexto e ainda que que seja "virtualmente impossível formalizar um negócio desta dimensão e complexidade até ao dia 30, deverá encontrar-se um instrumento que
permita o comprador assumir a direcção do negócio antes do fim de Junho e que permita o pagamento das responsabilidades da massa insolvente, nomeadamente as laborais e fiscais, por exemplo um arrendamento do estabelecimento, com opção de compra".
Recorde-se que a assembleia de credores da Coelima está marcada para esta sexta-feira, às 10h00, no Tribunal Judicial de Guimarães.
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