Vitória vence Braga (1-0) e foge aos lugares de despromoção

O Vitória deu um passo importante rumo à manutenção na SuperLiga. O triunfo sobre o Braga por 1-0, com um golo de Rogério Matias no segundo tempo, permitiu aos vitorianos subirem ao 15º lugar, ultrapassando na classificação o Alverca, que, agora, desceu para a linha de água. Para além disso, o triunfo do Vitória atirou o Paços de Ferreira para a Liga de Honra. Matematicamente, os pacenses já não podem evitar a despromoção. Com o Estrela da Amadora e o Paços de Ferreira já na Liga de Honra, Vitória, Académica de Coimbra, Belenenses e Alverca lutam para evitar o terceiro lugar que dá direito à descida de divisão. O Vitória respira agora um pouco melhor depois de ter vencido o seu rival de sempre, com um golo de Rogério Matias que permite à equipa de Jorge Jesus deixar, de novo, a linha de água (relegando para a zona de descida o Alverca e sentenciando a despromoção do Paços de Ferreira) quando faltam apenas duas jornadas (visita ao Estrela na próxima ronda e recepção ao Sporting na última etapa desta luta árdua). O triunfo foi justo, suado e sofrido. O primeiro tempo destilou profusamente um fluxo atacante de uma única equipa. O Vitória remeteu, desde cedo, o Braga para uma dimensão única e exclusivamente defensiva até aos 44 minutos (altura em que os arsenalistas chegaram pela primeira vez - leia-se com perigo eminente – à baliza de Palatsi). Assumindo as despesas do jogo – como se previa e era prática inevitável – a equipa de Jorge Jesus criou no primeiro período uma mão cheia de claras oportunidades, que só não foram devidamente traduzidas em golo por culpa da inquestionável qualidade do guarda-redes Quim ou porque a bola, noutras situações, não levou a direcção da baliza. Como justificação desta análise deve ser feita a historiação desses momentos particularmente angustiantes para a equipa e massa associativa vitorianas: Logo no primeiro minuto, a baliza do Braga foi ameaçada por um remate perigoso selado pela cabeça de Nuno Assis; aos 13', após um canto de Djurdjevic, foi a vez de um desvio subtil de Flávio Meireles encontrar o providencial corte de Fredrik sobre a linha de baliza; aos 17' Guga obrigou Quim a uma excelente estirada na sequência de um livre; aos 25´ um livre de Djurdjevic apanhou a entrada de cabeça de Cléber mas a bola saiu um pouco ao lado; e aos 34' um cabeceamento de Rogério Matias só foi parado por uma primorosa defesa de Quim. Caudal suficiente para justificar outro resultado parcial que não o empate, até porque para além das ocasiões essa tese sustentava-se na melhor qualidade de jogo imposta pelo Vitória, que só aos 44´ foi assustado por um adversário inconsequente ofensivamente no primeiro tempo, quando um remate de Nem quase dava golo, não fosse a defesa, ainda assim atrapalhada, de Palatsi. No segundo tempo, o caudal ofensivo vitoriano diminuiu consideravelmente e, por força disso, o jogo espartilhou-se com o Braga a poder respirar mais, estendendo-se igualmente para o ataque. Jorge Jesus percebeu as dificuldades e lançou no jogo Rafael, em detrimento de um elemento defensivo (Rui Ferreira). Só que no minuto seguinte sofreu um susto tremendo, quando Paulo Sérgio marcou para o Braga num lance muito duvidoso e que seria, para bem do Vitória, anulado por fora-de-jogo. Antes do golo, aos 66 minutos Flávio fez renascer o seu duelo particular com Quim, tendo finalmente o guarda-redes bracarense sido impotente aos 71 no remate de raiva de Rogério Matias para o 1-0. Até final, foi preciso sofrer para garantir o precioso pecúlio, uma vez que o Braga esteve próximo do empate em dois momentos, aos 83’ quando Vanzini atirou à barra e já em período de descontos quando Cléber tirou do caminho da baliza um desvio de Pena já com Palatsi fora do lance. A arbitragem de Duarte Gomes foi bem conduzida mas o Braga pode queixar-se do facto dos auxiliares, em jogadas idênticas, terem ajuizado de forma diferente. O golo de Paulo Sérgio, tal como o de Rogério Matias, deveria ter sido validado, uma vez que não havia lugar a fora-de-jogo. No máximo, os avançados encontravam-se em linha, pelo que nestes casos deve ser beneficiado quem ataca, como determina a FIFA.

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