Fernanda Prazeres trocou Cascais por Guimarães para se reabilitar

images/BIGGER/2024/Abril/IMG_4399.jpg

Fernanda Prazeres, residente no CliHotel de Guimarães, celebrou 90 anos de idade a 25 de março, dia em que familiares e amigos, que a visitaram para uma festa surpresa, foram eles próprios surpreendidos pelas melhorias de locomoção, discurso e cognição que evidencia ao fim de um mês de terapia multidisciplinar na clínica parceira desta residência sénior, a Clínica de Reabilitação de Guimarães. 

Há algumas semanas, a nonagenária, que era autónoma e vivia sozinha, na companhia de uma colaboradora, em Cascais, sofreu uma pneumonia, que a obrigou a um internamento e a debilitou a vários níveis. 

«Estava com problemas motores, com síndrome vertiginosa que provocava problemas de equilíbrio e afetava a autonomia e as competências para fazer o seu dia-a-dia», explica a filha Suzana Menezes, enquanto sorri e acaricia a mãe, viúva há 30 anos e natural de Carrazeda de Ansiães. 

A família sentia que Fernanda Prazeres podia beneficiar com um trabalho regular no quadro da medicina física e de reabilitação. Como os pais da cunhada de Suzana Menezes haviam passado uma temporada no CliHotel de Guimarães, num período de maior debilidade física pós-covid e «nos deram excelentes referências, nem hesitamos em trazê-la para cá». Os seus filhos não conseguiram encontrar em Lisboa «nenhuma residência sénior com uma parceria tão estreita com uma clínica com tantas valências». 

 «Eles recuperaram mesmo muito bem, física e emocionalmente e, por isso, quer eu, quer o meu irmão Fernando, entendemos que os benefícios de uma residência temporária da nossa mãe no CliHotel de Guimarães podiam ser grandes».

Apesar de hoje reconhecer que «ganhou anos de vida», Fernanda Prazeres veio de Cascais para Guimarães a contragosto. «Isto foi um pouco contra a vontade dela, que não queria vir. No início, quando a visitei nem um beijo me deu! A ambientação foi difícil, um contexto diferente, sem a sua gata. Mas hoje temos uma nova dona Fernanda, fantástica», revela Suzana Meneses, de mão dada com a mãe.

Durante a sua estadia em Guimarães, Fernanda Prazeres realizou fisioterapia diária, bem como terapia ocupacional e estimulação cognitiva, várias vezes por semana. «Há melhorias muito significativas, na comunicação e na locomoção», afirma a filha. 

«Quer ver, quer ver, veja… até já consigo caminhar e seguir esta linha no chão», afirma e exemplifica Fernanda Prazeres, com visível satisfação, sob o olhar de espanto e júbilo dos restantes familiares. 

«Isto era mesmo o que ela precisava e o acolhimento foi extraordinário, a par da articulação com a família. Realmente não se pouparam a esforços para que pudéssemos acompanhar tudo, mesmo a 400 km de distância», conta Suzana Menezes, que se diz «filha de uma artista». 

Fernanda Prazeres, uma doméstica muito dinâmica que o contexto de COVID 19 também debilitou, dedicou-se sempre às artes manuais. Da pintura ao bordado, aptidões que se prepara para retomar também com o estímulo familiar. «Não te esqueças dos novelos que tens na mala, para fazeres uns casaquinhos, pois qualquer dia tens bisnetos», recorda a filha, apesar dos quatro netos ainda não os terem nos seus planos de vida. 

Prometido ficou, desde já, a realização de um quadro, de temática ainda a definir, que Fernanda Prazeres pintará para oferecer ao CliHotel de Guimarães, como sinal, diz, do seu «apreço e agradecimento por todo o bem que fizeram». 

«Está muito bonita, dona Fernanda. Muitos parabéns. 90 anos assim também quero!», felicitou-a, por vídeo chamada, a colaboradora Filomena, que, em breve, voltará a acompanhá-la, quatro vezes por semana, sobretudo nas deslocações à rua, em Cascais. 

 

Imprimir Email