Refood de Guimarães entregou mais de 4.400 refeições em Julho
Em Julho a Refood entregou mais de 4.400 refeições. Segundo os dados daquela organização solidária, em Julho a Refood resgatou e entregou um total de 4.477 refeições. O número de beneficiados foi de 240.
São números que demonstram as fragilidades sociais de uma população que se debate com as consequência de uma crise que resulta, em grande parte, da guerra provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
Em declarações ao Grupo Santiago, Rui Rocha referiu que o maior número de pedidos de ajuda alimentar "é de pessoas que sentem necessidades, acreditamos que por consequência das crises que têm surgido motivada pelo aumento dos preços e que está a provocar alguma disrupção, nomeadamente no mercado de trabalho".
"Grande parte das pessoas que nos têm contactado tinham emprego mas acabaram por perdê-lo e, por isso, viram-se na necessidade de recorrer ao apoio da Refood", acrescentou.
Mas não são só desempregados a procurar ajuda da Refood, sendo certo que "há casos em que o apoio é solicitado por agregados em que um dos elementos está empregado". Ainda assim, "há necessidade de apoio por falta de capacidade para suportar as necessidades face ao aumento do custo de vida".
Rui Rocha salienta que a resposta ao aumento dos pedidos de ajuda só é possível graças ao permanente apoio dos "parceiros activos". Ou seja, do apoio que a Refood recebe das entidades e empresas.
"Neste momento temos 43 fontes de alimentos onde recolhemos excedentes alimentares que são fundamentais", refere o responsável da Refood, acrescentando com natural satisfação que "apesar do aumento dos pedidos, temos conseguido dar resposta a todas as solicitações.
Nunca recusamos apoio a ninguém numa emergência, isso nunca aconteceu". Mas isso também tem sido possível, mercê da estrutura que a própria Refood possui, nomeadamente os seus cerca de duas centenas de voluntários.
"A Refood afirma-se como uma efectiva rectaguarda que ajuda a responder e a minimizar os efeitos da crise actual", salienta apontando, com natural orgulho que a Refood de Guimarães "é um caso raro de um núcleo que não encerra em Agosto, mês de férias por excelência".
Preocupado com a certeza de que a crise não apresenta perspectivar de abrandar, Rui Rocha deixa a certeza de que em Guimarães os voluntários da Refood "estão motivados e penso que por muito má que a situação possa vir a ser, vamos ter uma estrutura que permitirá ajudar aqueles que estiverem mais fragilizados e a necessitar de apoio. Nessa perspectiva, estamos optimistas quanto ao futuro independentemente das circunstâncias que se vierem a verificar. Há uma cadeia solidária que funciona e estamos empenhados que essa cadeia aumente a sua capacidade por forma a sermos capazes de dar resposta às necessidades que se venham a revelar", concluiu.
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