Vários bens e serviços essenciais mais caros

Os portugueses começam hoje a pagar mais pela electricidade, transportes públicos, portagens, combustíveis e tabaco, com algumas actualizações a superarem a inflação prevista pelo Governo. As tarifas de electricidade aumentam em média 6 por cento para 5,3 milhões de clientes domésticos em Portugal continental.
Os transportes públicos aumentam a partir de hoje 2,1 por cento, o valor de inflação previsto pelo Governo para 2007.
Em relação às tarifas de portagem das auto-estradas foi anunciado um aumento de 2,6 por cento.
No entanto, nem todas aumentarão em igual valor, uma vez que os contratos de concessão determinam que as subidas de preços sejam arredondadas em múltiplos de 5 cêntimos.
Na saúde, o Governo decidiu criar taxas moderadoras para serviços como o internamento.
As cirurgias sem internamento vão custar assim dez euros aos doentes que vão também pagar cinco euros por dia de permanência numa unidade hospitalar até ao limite de 10 dias.
No entanto, e apesar desta medida ter sido anunciada para este mês, só entrará em vigor após a publicação em Diário da República.
Ainda na área da saúde, mas a partir de 01 de Fevereiro, os portugueses vão sentir uma redução de 6 por cento no preço de todos os medicamentos comparticipados, incluindo os genéricos, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2007.
Também a partir dessa data, os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão pagar mais um a cinco por cento pelos medicamentos comparticipados pelo Estado.
No que se refere ao tabaco, o Governo já tinha decidido em 2005 aumentar anualmente a taxa de imposto sobre o tabaco, prevendo que, até 2009, se registe um aumento médio de 15 por cento por ano.
A taxa de imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) sofre uma actualização de 2,5 cêntimos por litro, mas durante o ano está previsto um novo aumento de acordo com a inflação.

Entretanto o Salário Mínimo Nacional aumenta, a partir de hoje, 4,4 por cento, para os 403 euros. Este aumento foi definido no âmbito de um acordo tripartido conseguido na concertação social e que prevê uma valorização gradual do SMN de forma atingir os 450 euros em 2009 e os 500 euros em 2011.

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