Degradação dos prédios da Urbanização da Conceição
São conhecidos por todos, seja por bons ou por maus motivos. Os prédios da Urbanização da Srª. da Conceição, da zona da Amorosa, há muito que «pedem» uma intervenção profunda com vista a torná-los habitáveis e, sobretudo, para recuperarem a dignidade que merecem, ultrapassando assim a imagem de «bairro de lata». A degradação é visível aos olhos de todos sendo certo que em nada dignifica a imagem da Cidade, ainda mais pela sua localização. E se todos se apercebem do estado degradante a que chegaram aqueles edifícios, bem melhor conhecem os moradores a sua realidade. E é um facto que, sobretudo no Inverno, não é fácil viver ali.A Associação de Moradores da Urbanização da Srª. da Conceição está atenta a esta realidade e preocupa-se em encontrar uma solução, mas até agora, em vão. Carlos Oliveira habita num dos blocos daquela urbanização, na Amorosa e integra a Associação de Moradores. Segundo conta tenho os mesmos problemas que têm os outros moradores, mas tenho mais conhecimento por fazer parte da Associação e, como tal, as pessoas contam algumas das suas dificuldades em termos habitacionais e aquilo que sentem mais são as humidades quando a chuva vem. De acordo com este responsável, até ao momento temos tido algumas promessas do IGHAPE (Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado) de vir arranjar as casas, mas ao fim de 28 anos ainda não foi aqui feito nada. Desde que aqui vivo, há precisamente 28 anos, que nunca cá vi obras de fundo. Uma pequena intervenção ou outra, mais até ao nível do interior do edifício como uns canos que precisam ser trocados, ou outras coisas do género, já aconteceram, mas aquela intervenção de fundo que estes prédios tanto precisam, nunca foi feita, garante.
Carlos Oliveira lembra que esta realidade já motivou a visita àqueles edifícios de diversos deputados dos mais variados quadrantes políticos. Eles próprios fizeram requerimentos que apresentaram ao Secretário de Estado da Habitação e ao que sei foi-lhes prometido, por exemplo em 2001, que iriam fazer obras, que já estariam orçamentadas, e até à data nada foi feito.
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