Domingos Bragança e a polémica do Hospital de Guimarães «Isto é uma afronta a uma região»
Mesmo depois da reunião mantida com o Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Alto Ave, o Presidente da Câmara de Guimarães não descansa. Para Domingos Bragança, a portaria que retira especialidades ao hospital vimaranense "é uma afronta a uma região que é densamente povoada e que tem necessidade de prestação de cuidados de saúde". O Edil vimaranense disse entender as palavras de Delfim Rodrigues, mas entende a portaria como uma "desclassificação".Por isso assume que "os vimaranenses têm razão para estar muito preocupados. O Hospital de Guimarães é de referência nomeadamente na Unidade Materno-Infantil, e está em causa a própria maternidade", argumentou, realçando que "Guimarães além da excelência em neonatologia e em pediatria tem mais de 2 mil partos por ano, mesmo neste período de queda de demografia".
Domingos Bragança critica por isso "alguns burocratas", a quem acusa de não conhecerem "o país e Guimarães muito menos, que fazem isto a régua e esquadro".
O autarca deixou no ar ainda uma pergunta: "O Hospital público-privado de Braga tem mais de 500 mil pessoas? Não. Tem tantas como Guimarães. Porque é que Guimarães, sendo de excelência, vê limitado o seu desenvolvimento futuro".
Por isso sugere que se crie o Hospital do Ave, que junta o Centro Hospitalar do Alto Ave e do Médio Ave, de Famalicão, para que o limite de 500 mil pessoas seja ultrapassado. "Porque é que o Hospital do Alto Ave não tem a classificação II, que incluída todas estas valências? Isso vai num curto prazo limitar o desenvolvimento do Centro Hospitalar do Alto Ave", concluiu.
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