CP do PS acusada de protelar inscrição de 900 militantes para não votarem nas «internas»

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A Comissão Política do PS de Guimarães é acusada de protelar a inscrição de novos militantes com o objectivo de os impedir de votar nas próximas eleições para aquele órgão dirigente do Partido.

A notícia é avançada na edição desta semana d'O Comércio de Guimarães que dá conta de uma situação assumida por Paulo Lopes Silva em carta enviada ao Secretário Geral Adjunto e ao Secretário Nacional para a Organização e ainda ao Presidente da Federação Distrital de Braga do PS.
Em causa está a inscrição mais de 900 novos militantes. As propostas dos novos militantes deveriam ter sido validadas em reunião da concelhia de 10 de Julho, mas o processo foi protelado vindo a ser consumado a 21 de Julho, data em que terminava a aceitação tácita.

Esta diferença temporal faz toda a diferença, sendo que se as próximas eleições para a Concelhia do PS de Guimarães se realizarem a 12 de Janeiro como está aventado, estes novos militantes não poderão integrar o caderno eleitoral dado que para ter direito a voto são necessários seis meses de militância.
Na referida carta, Paulo Lopes Silva reclama dos órgãos do Partido a que recorreu uma intervenção que "salvaguarde a unidade do PS e a protecção da sua imagem em
Guimarães" e, por outro lado, "garantam que os mais de 900 vimaranenses que se disponibilizaram a ser militantes do nosso Partido, não vejam defraudadas as suas legitimas expectativas de aderir, e participar no acto eleitoral das próximas Concelhias".

Ainda de acordo com O Comércio de Guimarães, confrontado com esta questão, o líder do PS de Guimarães, Ricardo Costa, referiu que "o Secretariado do PS/Guimarães desconhece, porque não recebeu, qualquer «exposição» relativa ao tema referido. Consequentemente, não é possível contribuir com qualquer contraditório".
"Os processos de adesão de militantes e a elaboração de cadernos eleitorais para todas as eleições no PS - concelhias, distritais (ambas sem data), nacionais - são deliberados e elaborados pela direção nacional do PS, de acordo com os estatutos e regulamentos internos aprovados em comissão nacional e não em qualquer órgão concelhio", conclui.


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