PSD questionou atribuição de “presente de Natal” aos funcionários da Vitrus e “ostentação” da empresa municipal

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O vereador do PSD, Bruno Fernandes, questionou a maioria socialista se o Conselho de Administração da Vitrus decidiu atribuir um “presente de Natal” aos funcionários, um prémio de desempenho monetário.

Numa intervenção feita no período antes da ordem do dia, na reunião do Executivo desta quinta-feira, Bruno Fernandes quis saber qual “a coerência” com os outros organismos da esfera municipal. “Não merece mais reconhecimento um funcionário da Vitrus do que um funcionário da Casfig ou dos serviços de limpeza do Município”, afirmou, defendendo um tratamento igual para todos os funcionários do perímetro municipal.
Bruno Fernandes perguntou se a Vitrus tem algum “estatuto especial”, no âmbito do perímetro das empresas municipais, referindo-se também à fotografia publicada pela Vitrus na rede social Facebook, em que aparece o grupo de trabalho e os meios junto ao Castelo. “Esta ostentação, esta vaidade, tem de ser global, do Município e dos outros serviços”, defendeu Bruno Fernandes, observando: “O Sr. é o responsável máximo, eleito para tratar todos por igual. Parece que nas cooperativas e empresas municipais cada um faz o que lhe apetece. Há trabalhadores de 1ª e de 2.ª?”

Na reacção, o Presidente da Câmara começou por dizer que “não é presidente das cooperativas e empresas municipais. “As empresas e cooperativas têm um estatuto autónomo, personalidade jurídica e tem órgãos sociais que não são palhaços, não são bonecos, são indicados e respondem por todos os seus actos de gestão. O Presidente da Câmara tem que verificar o cumprimento do contrato-programa celebrado entre o Município e a Vitrus”, afirmou, insistindo que “a Vitrus é uma empresa de sucesso e presta um serviço prestimoso e tem uma equipa muito motivada. Acho muito bem que tire uma fotografia, num local emblemático”, indicou, considerando que as outras cooperativas podem fazer o mesmo. “Deve ser apoiado esse modus operandi de coesão de equipa. Tirei e gostei de estar presente".

Referindo-se ao prémio de desempenho, Domingos Bragança confirmou que será atribuído “salvaguardando os aspectos de enquadramento legal, tendo em conta o quadro de desempenho positivo, respeito a decisão tomada”. “Temos de nos habituar que as empresas sejam eficientes e a premiar os resultados de desempenho, de crescimento. 90 por cento dos recursos humanos da Vitrus são operários com rendimento a rondar o salário mínimo. Se pudesse atribuir prémios de desempenho aos trabalhadores do Município também o fazia”, concluiu.


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