Situação das trabalhadoras das cantinas escolares de Guimarães leva Bloco de Esquerda a questionar Governo
O Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre a situação das trabalhadoras das cantinas escolares em Guimarães que ontem estiveram em greve,"lutando contra a precariedade laboral, os baixos salários e o facto de muitas delas serem despedidas em junho para voltarem a ser contratadas em setembro".
Em comunicado, o Bloco considera esta situação inaceitável e adianta que dirigiu uma pergunta ao Governo, exortando à intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho
O Bloco de Esquerda quer saber se já foi efetuada alguma ação inspetiva à Uniself ou se virá a ser desencadeada.
Realçando que as cantinas escolares do concelho de Guimarães estão concessionadas àquela empresa, onde trabalham cerca de 200 pessoas, 150 das quais em condições de imensa precariedade", destaca o partido, lembrando que a Câmara Municipal de Guimarães é a entidade responsável pela concessão das cantinas escolares a esta empresa.
"Em causa está a luta pela passagem ao quadro de todos os trabalhadores contratados a termo, pela contratação direta de todos os trabalhadores pela Uniself sem qualquer recurso a empresas de trabalho temporário, por um horário completo de 40 horas semanais para os trabalhadores das cantinas de confecção bem como por uma carga horária mínima de quatro horas diárias e 20 horas semanais para os trabalhadores das cantinas transportadas. Lutam também pela reclassificação e a contratação de trabalhadores com a categoria de despenseiro e encarregado para todas as cantinas de confeção, assim como o pagamento das horas em dívida trabalhadas em janeiro e fevereiro", lembra o Grupo Parlamentar do Bloco que considera fundamental a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) junto da Uniself, exortando também a Câmara de Guimarães a intervir sobre esta situação, "da qual não deve alhear-se, visto ser a entidade adjudicante".
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