Tarifário da Vimágua para 2022 aprovado pela maioria socialista com o voto contra da Oposição
O tarifário da Vimágua para o próximo ano foi aprovado pela maioria socialista na reunião do Executivo vimaranense, realizada ontem. A Oposição votou contra a proposta que prevê um aumento no valor a cobrar pelo saneamento na ordem de 3,79 por cento.
O Presidente da Câmara de Guimarães não participou na discussão, nem na votação da proposta por ser o Presidente da Assembleia Geral da Vimágua, passando a condução da sessão para o vereador Paulo Lopes Silva, na qualidade de Presidente em exercício, dada a ausência na reunião da vice-Presidente, Adelina Pinto.
Durante a análise, a vereadora do CDS-PP, Vânia Dias da Silva, manifestou a sua "perplexidade" com a proposta, lembrando que no ano passado o Executivo decidiu assumir o agravamento da taxa de saneamento cobrado à Vimágua pela Águas do Norte, evitando assim o aumento da factura mensal dos consumidores.
"A inflação está a escalar brutalmente, continuamos em crise pandémica. O que mudou?", questionou, insistindo que as famílias continuam a enfrentar "dias difíceis devido à pandemia". "Só há um ano novo - não é ano de eleições autárquicas", disse, acrescentando que "a Vimágua está no topo do ranking das perdas de água", lamentando que "o modelo de gestão não seja mais eficiente".
Na resposta, o vereador Paulo Lopes Silva justificou que o valor a pagar pela água não sofrerá qualquer aumento, "o que se verifica desde 2014". "A Vimágua vai reproduzir no saneamento o valor do agravamento que a Águas do Norte faz", explicou, precisando que esse acréscimo será na ordem dos 46 cêntimos por mês na taxa de saneamento, "tendo como referência um consumo médio de água de 10 cm3". Paulo Lopes Silva sublinhou os apoios e isenções que o Município dispõe. "O tarifário social abrange cerca de 10 mil vimaranenses, há um tarifário específico para famílias numerosas e apoios às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). No total, esses apoios ascendem a mais de 300 mil euros", continuou, assinalando que "o aumento no saneamento reflecte-se apenas naqueles que não estão abrangidos pelas tarifas especiais".
"Nos preços que dependem exclusivamente da Vimágua, não há aumento desde 2014", insistiu, esclarecendo que "o aumento resulta de um acerto de tarifários que foi decidido pelo Governo, ainda na era do PSD, com Passos Coelho e Paulo Portas, que estipularam os preços a praticar nos anos subsequentes". "Este ano, o Município não assume este valor porque a situação actual não é a mesma do ano de 2020. Estamos numa situação pandémica diferente. Os restaurantes já estão a funcionar e a actividade económica já está a retomar, o que não é comparável com o ano passado", sustentou, considerando que na comparação regional "não se encontra um município em que a factura da água seja mais barata".
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