Estudo sobre futuro da mobilidade: Oposição criticou «timming» da apresentação

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A Oposição criticou a apresentação do estudo preliminar sobre o futuro da mobilidade no concelho feita, esta quinta-feira, no período que antecedeu a reunião do Executivo.

O vereador do PSD André Coelho Lima fez alusão ao contexto eleitoral. "É impedido aos Presidentes incumbentes, que é o caso, a utilização do cargo com benefício em termos eleitorais. A apresentação de um projecto com esta envergadura a 59 dias das eleições não é em respeito do normativo que a Comissão Nacional de Eleições emitiu no dia 18 de Fevereiro deste ano. A partir do momento em que estão marcadas as eleições, todos os presidentes incumbentes que serão candidatos devem inibir-se de actuações que possam limitar ou condicionar a liberdade de opção da população", afirmou André Coelho Lima.
Ao tecer considerações sobre o conteúdo, o representante social-democrata indicou: "é uma reflexão, o que torna incompreensível a apresentação nesta altura, não tem a mínima base de sustentação em termos de exequibilidade, nem em termos financeiros". Explicar como vão mais do que sextuplicar as ligações, a utilização intensiva da linha ferroviária para Moreira de Cónegos sem o mínimo acordo com a CP, é não ter muita consideração pelos vereadores e pelos vimaranenses. Não sabemos nada! E apresentar isto a dois meses das eleições não é correcto", observou, lembrando que, em 2017, os projectos apresentados na candidatura que protagonizou têm "a credibilidade agora verificada". "A Câmara, ao adoptar algo parecido designadamente nas vias canal, está a demonstrar a credibilidade técnica, política e financeira daquilo que apresentámos", acrescentou.

A análise foi partilhada por Bruno Fernandes. "O problema deste executivo é que só nos apresenta estudos para marcar a agenda. O que vimos aqui hoje foi uma ideia que ainda não tem sequer qualquer fundamentação técnica e financeira. Não faz sentido trazer um estudo que ainda está muito embrionário, quando tudo está muito indefinido. Estes estudos servem para nos gabinetes os decisores políticos irem percepcionando o futuro e as decisões que pretendem tomar. Quando se apresenta isto publicamente em reunião de Câmara, tem de haver uma fundamentação clara, do ponto de vista técnico e financeiro, para que haja uma decisão em breve. O que nos é trazido são reflexões que não deixam de ser importantes, mas não é a dois meses das eleições que se fazem reflexões sobre a mobilidade no concelho de Guimarães", avaliou o Vereador do PSD, ao salientar "que o estudo prova que não temos mobilidade do ponto de vista das acessibilidades aos principais centros fora da cidade, às vilas, que a mobilidade existente é deficiente e tem constrangimentos que obriga a encontrar soluções com teleférico ou algo muito parecido porque fomos permitindo que ao longo dos eixos canal fosse colocada edificação. Nos últimos oito anos, a Câmara não quis saber e agora apresenta um estudo".

Marcações: reunião camarária, estudo sobre futuro da mobilidade

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