Teleférico de nova geração para solucionar mobilidade em Guimarães e na ligação à vila das Taipas

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Um sistema de teleférico de nova geração para melhorar a mobilidade na cidade de Guimarães e na ligação à vila das Taipas através da EN 101 são soluções apontadas no estudo apresentado esta quinta-feira à vereação vimaranense.

Perante o Executivo, o estudo intitulado «Análise exploratória para a viabilidade de um sistema de transporte público em via dedicada de Guimarães» foi apresentado por Anita Pinto, da equipa coordenada pelo especialista Álvaro Costa que também participou na sessão.

Numa detalhada exposição, foram elencadas soluções para a rede de transportes públicos, servindo os três eixos rodoviários com maior intensidade de tráfego: a EN 105, na ligação a Lordelo, a EN 206 até à vila de Ronfe e a EN 101 até à vila das Taipas, nas suas articulações com a Cidade.

"Foi para estas rodovias que olhamos e verificamos o espaço canal", justificou Anita Pinto, ao sustentar a "optimização do serviço ferroviário como solução para a EN 105. "Na EN 105, o espaço canal surge condicionado pelas habitações e pelos serviços, não permite a duplicação de vias", estando apontada como alternativa a ferrovia que quase acompanha o percurso da ligação rodoviária. "O serviço actual não presta um bom serviço", afirmou, acrescentando que "o serviço não é competitivo face ao automóvel privado" e que "alguns dos apeadeiros quase não têm procura", podendo ser reforçadas as ligações pedonais ou a relocalização dos apeadeiros.

Como alternativas, a arquitecta indicou "a coordenação do serviço ferroviário com a linha de Braga, com a conexão reforçada a Guimarães, em Lousado, e a introdução de uma cadência de 20 minutos", o que permitiria um aumento dos 16 serviços diários para 54, sem incluir os serviços de longo curso.

O professor Álvaro Costa interveio para assinalar que esta solução estará condicionada à localização da linha de alta velocidade, podendo até evoluir "para um sistema mais ambicioso".
Quanto EN 206, "o espaço canal está menos condicionado do que na EN 101 e na EN 105, existindo espaço para a colocação do sistema BRT, em canal dedicado, com excepção no atravessamento do rio Ave e na centralidade de Ronfe".

Referindo-se à EN 101, na ligação à vila das Taipas, Anita Pinto apresentou duas alternativas: um sistema em canal dedicado de BRT, solução classificada "como boa e exequível".
A grande novidade apresentada foi a adopção de "um sistema de teleférico convencional", com a deslocação a ser realizada por veículos sem motor entre a Cidade e o centro da vila, "com vantagem de fazer um serviço rápido à Citânia de Briteiros".

Ressaltando o "impacto visual" da solução, este sistema de transporte por cabo também foi sugerido para o contexto urbano, num eixo desde a rotunda da Cruz da Argola, em Mesão Frio, cobrindo a periferia urbana, a Universidade do Minho, a zona da Quintã, a Avenida de São Gonçalo, a Avenida de Londres, a Central de Camionagem, o Multiusos e a Estação da CP.

O especialista Álvaro Costa defendeu que "este plano é flexível que responde aos investimentos que surgirem do Estado, nomeadamente a localização da nova estação da ferrovia de alta velocidade". "É um exercício que permite tomar decisões para outras soluções", disse, lembrando que o Plano Ferroviário Nacional está a ser elaborado, tendo reconhecido que as soluções preconizadas estão dependentes da evolução tecnológica.

Marcações: mobilidade, teleférico, EN 101, EN 206, EN 105, acessibidade em Guimarães

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