Oposição confrontou maioria socialista com atraso na instalação da contrastaria em Guimarães
Na sequência da notícia divulgada pelo Grupo Santiago, a Oposição denunciou o atraso na criação do serviço de contrastaria em Guimarães, um ano depois do Vereador responsável pela Divisão de Desenvolvimento Económico ter anunciado a sua instalação. "O anúncio tem de obrigar a que algo esteja confirmado. E nada aconteceu", comentou o vereador do PSD, Ricardo Araújo, numa intervenção feita no período antes da ordem do dia, reiterando as preocupações reveladas pelos empresários do sector.
"O serviço foi apresentado pelo vereador Ricardo Costa em Julho de 2020, ao anunciar que Guimarães teria em breve um serviço de contrastaria. Vemos agora os empresários a contestarem a inexistência deste serviço em Guimarães", afirmou o representante social-democrata, insistindo que "tem de haver uma posição forte de Guimarães para que seja instalado o serviço de contrastaria". "Não podemos admitir que os empresários de Guimarães sejam prejudicados, tenham até desvantagens competitivas em relação aos empresários de Gondomar e do Porto que têm estes serviços com proximidade", observou, apontando que "o sector tem vindo a crescer bastante no Concelho quer em volume de negócios, quer em volume de emprego nos últimos anos". "Os empresários precisam de uma solução para este problema", frisou Ricardo Araújo.
Na resposta, o Vereador da Divisão de Desenvolvimento Económico explicou que para atender às preocupações e dificuldades dos empresários, no ano passado, o Município estabeleceu contactos com a Associação de Relojoaria e Joalharia de Portugal e com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM). Ricardo Costa lembrou que foram envidados esforços para trazer uma contrastaria para Guimarães, precisando que iria reunir-se pouco depois da sessão da vereação com o Presidente da INCM para analisar esta e outras questões.
O responsável recordou que, há um ano, "o Presidente da INCM assumiu a responsabilidade de duas vezes por semana, um funcionário da contrastaria dirigir-se a Guimarães para fazer o contraste das peças". "O serviço começou em Agosto, sendo gratuito por seis meses", frisou, acrescentando: "a ideia com que fiquei foi que o serviço continuaria a ser gratuito até ser instalada definitivamente uma contrastaria em Guimarães". "Aquilo que me dizem é que estão a cobrar 36 euros cada vez que se deslocam às empresas, na vinda e na ida, (ou seja, 72 euros), o que é um custo relevante e vai encarecer o produto final, o que não faz qualquer sentido", advertiu, assegurando que o Município tudo fará "para que se instale em Guimarães uma contrastaria". "É um problema que tem anos e nunca vi a Oposição levantar esta questão, nunca a trouxeram à reunião de Câmara ou à Assembleia Municipal", apontou, indicando que o sector está a crescer e evidencia a atractividade do Concelho na captação de novos investimentos. "Na União de Freguesias de Arosa e Castelões, há uma empresa que fez um investimento significativo, ligada à filigrana e que veio da Póvoa de Lanhoso. Guimarães é apontado como um exemplo até pelo design", assinalou Ricardo Costa, ao revelar que está a ser equacionada a criação de um Prémio de Design da Melhor Peça dirigido a estes sectores, em colaboração com o Instituto de Design de Guimarães e com o INCM.
Marcações: reunião camarária, joalharia, contrastaria, ourivesaria