André Coelho Lima defendeu plano de incentivo à actividade agrícola

O candidato da Coligação PSD/CDS-PP «Juntos por Guimarães» defendeu a implementação de um plano de incentivo à actividade agrícola. O fórum “Agricultura como factor de desenvolvimento”, realizado esta manhã na Adega Cooperativa de Guimarães, organizado pela Distrital e pela Concelhia do CDS-PP, contou com a presença de Assunção Cristas, Vice-Presidente do CDS e Ministra da Agricultura.
“Este plano tem que ser feito em diálogo com quem conhece o sector”, justificou o candidato, realçando que só assim se poderá traçar o futuro para a agricultura. “Sabemos qual é o caminho e a sua importância, mas é através do diálogo que se podem descobrir as soluções que mais interessam”, afirmou, durante o fórum, moderado pelo deputado Altino Bessa.

No entender de André Coelho Lima, este plano deverá assegurar “o desenvolvimento sustentado do território, incentive a auto-subsistência e impeça o abandono das localidades rurais, atraia os jovens para o sector e que identifique, promova e divulgue as bolsas de terras que existem no concelho de Guimarães”.

“Há pessoas que não estão ligadas à agricultura e podem vir a estar”, assinalou o candidato da Coligação, ao realçar que este “é o único sector económico do País em crescimento”. “Assistimos a uma inversão da desvalorização da profissão agrícola que houve no passado”, observou, acreditando que o “sector tem futuro no actual contexto económico”. 

Referindo-se a Guimarães, André Coelho Lima realçou que o contexto sócio-cultural é diferenciado “temos a Sul uma marca industrial, uma cidade de serviços e, mais a Norte, onde estamos, o concelho mais voltado para a produção agrícola”. Porém, “não existe uma política agrícola”, constatou, sublinhando que no debate político não existe preocupação com a agricultura que nem sequer aparece mencionada “nos relatórios de actividade da Câmara Municipal. Esta é a diferença do que tem que acontecer no futuro. Este é um sector que tem que ser amparado e acarinhado porque tem sido esquecido”.

Determinado a colocar na agenda política o sector agrícola, André Coelho Lima defendeu que esta área de actividade deve ser amparada “pelas suas virtualidades económicas”. “A nível concelhio deve existir um equilíbrio de uma balança comercial concelhia, no sentido de “exportar mais do que importamos, vivermos com aquilo que produzimos, a agricultura é absolutamente essencial. Também pelas suas virtualidades sociais, a dimensão de auto-subsistência que permite e por aquilo que demonstra de regresso às origens, se olharmos para as nossas tradições, a nossa cultura, os nossos ritos, estão essencialmente ligados à tradição agrícola, algo que - mal - tentámos virar as costas num passado recente e que tem que mudar”. 

Na sua intervenção, a Vice-Presidente do CDS-PP, Assunção Cristas que é também Ministra da Agricultura reconheceu que “o sector tem margem de desenvolvimento, precisando que o País “importa mais do que exporta”, embora o défice da balança agro-alimentar tenha diminuído. Elogiando os agricultores que têm sido persistentes e acreditaram na modernização, sendo a vinha um dos bons exemplos, a governante realçou a importância da articulação que deverá existir entre os produtores e os mercados locais. “As cidades precisam de ter os produtos produzidos à sua volta nos seus mercados. E quem vai aos restaurantes numa cidade como Guimarães deve poder experimentar os produtos dessa região”, exemplificou.

Durante o fórum, cerca de duas centenas de pessoas ligadas ao sector primário tiveram oportunidade para expor as suas preocupações e debater ideias sobre a agricultura como factor de desenvolvimento. O Secretário de Estado da Alimentação, Nuno Vieira e Brito, a deputada do PSD, Francisca Almeida, e o deputado do CDS-PP Telmo Correia também participaram na iniciativa.


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