António Magalhães promete cumprir mandato até ao fim
Se for reeleito para a Presidência da Câmara, António Magalhães promete cumprir o mandato até ao fim. Na entrevista publicada na edição desta semana do jornal, o Comércio de Guimarães, António Magalhães é peremptório:"será para cumprir até ao fim com a determinação que as pessoas me conhecem, desde que a saúde o permita fazer. Não abdicarei por estratégia a favor de ninguém para lhe dar visibilidade, a visibilidade tem que ser tomada no seio do grupo e depois da futura Comissão Política aquela que vai ter responsabilidade de eleger as pessoas entender quem deve ter visibilidade no executivo ou fora dele, temos que trabalhar em consonância com isso. Não abdico daquilo que é o papel do Presidente da Câmara, até ao último dia. Se me põe para mandar, não me obriguem a obedecer. Não obedeço! Sei que as pessoas pensam que o indivíduo agora vai deitar-se à sombra da bananeira e vai gozar a vida a que tem direito, porque agora trabalha muitas horas Não tenho esse feitio, nem essa maneira de estar na vida. Só se perceber que, por questões de saúde, não estou à altura de cumprir o papel que os vimaranenses exigem da Câmara, é que darei um sinal claro Não estou disponível para abandonar a meio do percurso uma responsabilidade que ponderei com o meu médico, com a minha família, com a minha equipa, se de facto deveria meter-me nela ou não Todos validaram a proposta. Quando a Dra. Manuela Ferreira Leite se candidata a Primeira-Ministra, e aquilo é o inferno, o Dr. Cavaco Silva é Presidente da República que é uma espécie de purgatório, eu que gosto disto, de fazer o que estou a fazer, não pelo conceito de poder, nem de mando, mas porque gosto de me empenhar nas coisas, vou estar a tempo inteiro naquela brincadeira muito séria, muito séria...
Pretenderei trabalhar um pouco menos naquilo que é específico e um pouco mais na parte política. Eu vou a todas, como saberá! Quando há uma dificuldade, pelo feitio que tenho eu avanço para o terreno. Tentarei poupar-me um pouco nas representações. Hoje, o que mais me desgasta é ter muitas horas de trabalho por dia, todos os dias, depois à noite E o fim-de-semana não tenho sequer para a família! Vou ter mais algum cuidado. Também tenho de ter consistência familiar mínima porque já muito esforço fizeram eles para terem o pai e o marido que sabem que está com eles, mas na prática está ausente.
No dia em que tive aquela prestação em Serzedelo, fazia 30 anos de casado e veja qual foi a prenda que dei à minha mulher e aos meus filhos. Muita gente não entende, mas como não tivemos o cuidado de nos lembrar previamente da data e já estávamos comprometidos, tivemos de cumprir. É o conceito de serviço público que defendo. Se tiver saúde física e mental, contem comigo; se não espero ter o raciocínio suficiente, ou alguém me diga, está na hora de abandonar, porque quem temos é competente para assumir essa responsabilidade em consonância com as oposições. É bom que se diga isto.
Quero render a minha homenagem à Oposição que foi capaz de perceber que o projecto da CEC 2012 não é de ninguém, é de todos nós".
António Magalhães na entrevista que poderá ser lida na íntegra na edição desta quarta-feira do jornal O Comércio de Guimarães.
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