Um Novo Impulso para Portugal
Com a aceleração dos calendários, estamos já em plena pré-campanha eleitoral para as eleições legislativas. O último artigo nesta coluna era escrito à hora
da votação da Moção de Confiança do Governo, entretanto chumbada.
As listas de candidatos estão fechadas, e as propostas políticas começam a ser conhecidas, colocando a discussão no lugar onde ela deve estar, no plano das ideias e dos projetos alternativos para Portugal.
Do lado do Partido Socialista, o Programa Eleitoral já foi apresentado. No tempo certo, para que a discussão das suas propostas se possa fazer de forma aprofundada, e a tomada de decisão na hora do voto possa ter a necessária ponderação.
São cinco as prioridades políticas assentes numa ideia de qualidade de vida dos cidadãos, numa preocupação transversal às diferentes gerações, e na resolução dos problemas concretos das pessoas.
Desde logo na “Redução do Custo de Vida”, com propostas concretas como o IVA Zero nos bens alimentares essenciais, e na redução de custos com a mobilidade e energia, no gás, na eletricidade e no IUC dos automóveis.
Esta prioridade é acompanhada por uma visão de “Mais Salário e Menos Tempo de Trabalho”, com a redução da semana de trabalho de 40 para 37,5 horas e o aumento do salário mínimo para 1.110€ e salário médio em 2.000€ em 2029. Um cenário de convergência com a Europa e com o modelo de sociedade que almejamos ser.
Esta preocupação com os rendimentos e os apoios é acrescida nas “Famílias mais jovens”, com o aumento do abono de família, e a criação do Pé-de-Meia de 500€ em certificados de aforro para crianças nascidas a partir deste ano.
Uma visão de apoio claro à natalidade, num país e num continente que têm de travar o inverno demográfico.
É um projeto político que procura também resolver os dois maiores problemas da atualidade: a Habitação e a robustez do nosso SNS.
Na Habitação o PS propõe-se a construir habitação de forma massiva, e continuar a apoiar as autarquias nesse processo, mas também a apoiar as rendas nas famílias da classe médica com taxa de esforço elevada. Foi com o PS que as políticas de habitação entraram no centro da ação política, e é com o PS que poderemos ir mais longe nesta área.
No SNS, só o PS é capaz de dar a resposta necessária para o robustecer e tornar mais forte e resiliente. A atual governação de direita prometeu resolver em dias aquilo que o PS não tinha sido capaz de fazer. Mas para lá da distribuição do superavit das contas públicas na resolução das insatisfações de algumas classes, pouco mais apresentam como resultados. No SNS, em particular, apresentam um propositado caos que nos leve à sua privatização.
Ainda por cima, sabemos hoje que insistem nas mesmas figuras que não foram capazes de resolver os seus problemas, e que não foram capazes também de retirar consequências políticas de “trapalhadas” como a do INEM.
Com o PS sabemos que poderemos contar com a experiência de Fernando Araújo, ex-diretor executivo do SNS, e com o reforço do número de médicos de família, integrando ainda a medicina dentária e a saúde mental nos cuidados básicos do SNS.
Esta é a visão do Partido Socialista para o país e é sobre ela que se pretende que seja a campanha do PS. Como é, entretanto, sabido integrarei as listas candidatas à Assembleia da República nestas eleições legislativas, motivo pelo qual não poderei escrever o artigo previsto para o próximo mês. Durante esse período terei oportunidade de, em diferentes espaços, afirmar o meu compromisso pessoal com Guimarães e Portugal, nessas funções.