Julgamento do caso Casfig
A beneficiada com a habitação social do processo da Casfig, desmentiu na sessão de julgamento desta quinta-feira, o depoimento prestado à Polícia Judiciária em fase de inquérito. Em 2003, Helena Sousa afirmou à PJ que depois de ser pública a polémica do caso Casfig, desistiu da candidatura a uma casa do IGHAPE quandoestava de férias. Mas esta quinta-feira, perante o Tribunal, Helena Sousa afirmou que foi depois de regressar de férias da praia é que teve
conhecimento da atribuição de uma habitação social na Atouguia e que desistiu da candidatura por não suportar mais a polémica. A testemunha
negou que Ermelinda Oliveira a tivesse favorecido na atribuição da habitação social de Azurém, considerando uma injustiça a decisão de a desalojar dada a sua situação sócio-familiar.
O Tribunal ouviu também o depoimento do Munícipe que liderava a lista de espera. José Ferreira contou ter sabido de toda a polémica pela Rádio
Santiago e que, dias depois, numa audiência que pediu ao Presidente da Câmara, onde estava Ermelinda Oliveira, António Magalhães desmentiu que tivesse sido preterido. A verdade, no entanto, é que poucos dias depois, José Ferreira já habitava a habitação social que tinha sido ocupada por Helena Sousa.
Na mesma sessão, foi ainda ouvida a secretária do ex-Director do Hospital, José Martins. Cristina Sousa afirmou ter sido procurada por Helena Almeida e Ermelinda Oliveira, para carimbar uma declaração assinada pelo Director do Hospital. Mas quando a testemunha procurou inteirar-se sobre o conteúdo do documento, Ermelinda Oliveira disse que não tinha nada que ler. Uma atitude que levou Helena Almeida a pedir, posteriormente, desculpas à testemunha.
O julgamento prossegue no dia 20 de Abril para ouvir as 12 testemunhas arroladas pela defesa de Ermelinda Oliveira e as três de Bernardino Silva.
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