Julgamento da Casfig
No julgamento do caso Casfig, esta quinta-feira o Tribunal continuou a ouvir técnicas daquela empresa Municipal, arroladadas como testemunhas de acusação pelo Ministério Público. A assistente social Margarida Jordão confirmou o depoimento da técnica Manuela Freitas sobre a atribuição da casa de Azurém sem respeito peladecisão do Conselho de Administração que tinha decidido entregá-la ao concorrente que liderava a lista de espera após a reavaliação do seu processo.
Já em relação à casa atribuida à antiga radiologista do Hospital, Margarida Jordão disse que no âmbito do processo da sua candidatura a uma casa social, foram problemas de saúde do marido de Helena Almeida que justificaram a candidatura. O que contraria os termos da declaração do Hospital que justificaram processualmente a atribuição excepcional da casa da Câmara na Rua Monsenhor António Araújo da Costa.
Outra testemunha, Manuela Fonte, declarou que uma concorrente ao concurso de atribuição de habitações sociais que não tinha sido contemplada, disse-lhe que Ermelinda Oliveira lhe prometeu arranjar casa que, afinal, nunca chegou a ser entregue. Deste modo, a acusação procurou provar que era Ermelinda Oliveira quem mandava na Casfig.
A mesma testemunha sabia que casas sociais de Azurém foram entregues a moradores das Lameiras no âmbito de um processo de expripriação para a construção do Guimarães Shopping. Desta forma, a defesa de Bernardino Silva procurou justificar os motivos pelos quais o arguido possa ter estado envolvido na entrega de chaves de habitações.
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