Funcionários judiciais prometem continuar a 'luta' em Guimarães

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Os funcionários judiciais prometem não recuar na greve por tempo indeterminado, que promete afectar o funcionamento das várias instâncias judiciais. Foi o que voltou a acontecer esta sexta-feira em Guimarães com uma manifestação em frente ao Tribunal de Guimarães. 

O presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) criticou o Ministério da Justiça (MJ) pelas "políticas" colocadas em prática na área da justiça. Carlos Almeida adiantou que estão em "cima da mesa" várias reivindicações que não foram respondidas ao longo dos anos, mas destacou três "imprescindíveis" para os trabalhadores. 

"São três reivindicações para garantir o órgãos de soberania dos tribunais: mais ingressos, porque não temos temos ingressos há muitos anos, promoções e uma lei do Orçamento do Estado por cumprir, que passa pela integração do suplemento no vencimento", explicou à porta do Tribunal de Guimarães. 

Carlos Almeida garantiu que o pré-aviso de greve vai manter-se até a Ministra da tutela responder afirmativamente às reivindicações. "Não é sequer negociável. Têm de ser aplicadas de imediato. A Ministra da Justiça tem de garantir e só depois retiramos o pré-aviso de greve. Não vale a pena perder tempo com reuniões. Já nos reunimos muitas vezes e agora é tempo de agir. Quando a Ministra da Justiça realizar estas três medidas, nós levantamos o pré-aviso de greve", frisou.   

Os oficiais de justiça iniciaram uma greve que acontecerá todos os dias, desde das 13h30 até às 24 horas, sem serviços mínimos. "Nós consideramos que há entidades que deviam  ter preocupações, porque não podemos ser só nós. Esta greve, não tendo serviços mínimos, coloca direitos, liberdades e garantias em causa", acrescenta.    

O presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça assumiu ainda a resiliência dos trabalhadores nesta luta, assumindo a perda salarial com as greves. "Quando as pessoas têm razão e quando a sua causa é justa, as pessoas fazem sacrifícios. E estes colegas têm feito sacrifícios ao longo de anos. Isto já chega, porque temos pessoas a viver abaixo daquilo da dignidade para a pessoa humana. Perante isto, não é possível desmobilizar", atirou.  

 

 

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