Testemunha dos factos que motivaram morte de Luís Miranda ouvida na Operação Fénix

O Colectivo do Tribunal Judicial de Guimarães ouviu a testemunha dos factos que estiveram na base da morte de Luís Miranda, de Ronfe, no âmbito do processo Operação Fénix.

João Cardoso disse ao Tribunal que na noite dos acontecimentos, no dia 15 de Março de 2015, no bar Chic, em Riba d'Ave, Luís Miranda estava alcoolizado e esteve na base de uma confusão que levou a que tivesse sido expulso pelos seguranças do estabelecimento.
A testemunha decidiu ir ao encontro da vítima, mas negou que tivesse ouvido os seguranças dizer que iam perseguir Luís Miranda. Já depois da testemunha ter alcançado a vítima, chegou um carro com dois seguranças. João Cardoso diz que Luís Miranda correu na direcção do arguido Jorge Ribeiro que reagiu com um empurrão. A vítima caiu, de costas, dando com a cabeça no chão, tendo ficado inanimado. Ajudado pelo arguido, a testemunha disse ter metido Luís Miranda no seu carro e foi aí que se apercebeu que sangrava pela boca assegurando, no entanto, que não se apercebeu de qualquer sinal de agressão. 


A testemunha diz que antes de ser ouvido pela segunda vez em fase de inquérito, foi "massacrado para contar outra história dos factos", mas não esclareceu quem o abordou. 

A representante dos pais de Luís Miranda requereu que a testemunha fosse confrontada com declarações prestadas em fase de inquérito distintas daquelas que proferiu em Tribunal. Todavia o Colectivo indeferiu o requerimento depois do representante do arguido Jorge Ribeiro ter manifestado oposição.

O julgamento prossegue no próximo dia 21, nas instalações dos Bombeiros de Guimarães.


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