Ex-encarregado da Dextra compromete arguidos
O ex-encarregado geral da Dextra manifestou esta segunda-feira ao Tribunal a sua convicção de que depois de assumirem a administração da empresa, os arguidos aumentaram substancialmente o seu património pessoal. José Peixoto exemplificou a sua afirmação, afirmando que quando assumiram a gestão da empresa os arguidos viviam num apartamento alugado.Numa afirmação que dá consistência à tese de acusação sobre a alegada
descapitalização da Dextra, a testemunha disse que a empresa comprou um terreno para construir um poço para abastecer a fábrica com água, tendo esse terreno sido escriturado em Amares em nome da arguida Ana Maria.
No seu depoimento, José Peixoto revelou que a pedido do contabilista e do arguido Jorge Reis Costa, assinou diversas facturas de alegadas compras de mercadoria que nunca entraram na empresa. A testemunha disse que se recusou a continuar a assinar documentos daqueles por exigir saber a quem era comprada e a quem era vendida.
Por outro lado, a testemunha disse que esteve durante cerca de dois meses na residência dos arguidos em Oliveira do Hospital depois de um alegada assalto. Durante esse período foi pago pela Dextra apesar de não ter trabalhado, sendo que a empresa também suportou as despesas resultantes da sua permanência.
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