Começou julgamento da alegada falência fraudulenta da Dextra
Começou o julgamento da alegada falência fraudulenta da Dextra. No banco dos réus sentaram-se apenas dois dos quatro arguidos. Precisamente os filhos dos restantes dois réus que alegaram doença para a sua ausência. O Tribunal não aceitou o adiamento da sessão face à falta dos arguidos como requereu a defesa e serão ouvidos em próxima sessão.Os dois arguidos presentes, recusaram-se a prestar declarações.
Neste início de julgamento, o Secretário Coordenador da União de Sindicatos de Braga acusou o arguidos de promoverem a descapitalização da Dextra, retirando matéria prima e produto acabado.
Adão Mendes contou ao Tribunal que dias antes da declaração de falência da empresa, visitou a Leiloeira do Ave, em Santo Tirso, onde viu cerca de 50 máquinas de costura e viaturas da Dextra. Um funcionário da Leiloeira terá informado que uma das viaturas já tinha sido vendida a um indivíduo das imediações de Santo Estêvão de Briteiros.
A defesa no entanto procurou desvalorizar o depoimento de Adão Mendes, lembrando que ainda no tempo da administração do fundador da Dextra, a empresa enfrentava dificuldades económicas como prova a greve feita pelos trabalhadores. Porém, Adão Mendes disse que era sua convicção de que independentemente da última greve e do boicote feito ao acesso às instalações pelos trabalhadores, a Dextra já não tinha outro destino que não fosse a falência.
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