Defesa de Adão Mendes quer ouvir Governador Civil
O Governador Civil de Braga não foi ouvido esta quinta-feira no julgamento dos quatro sindicalistas acusados de crime de desobediência qualificada. Fernando Moniz não compareceu na sessão de 9 de Março. Invocou compromissos de agenda motivados pela visita do Presidente da República ao distrito. Na sessão desta quinta-feira, o Governador não compareceu mas por não estar convocado. É uma situação que motiva a estranheza da defesa do arguido Adão Mendes que requereu a presença de Fernando Moniz em Tribunal.
A defesa de Adão Mendes espera ainda poder inquirir o Governador Civil de Braga. Fernando Moniz esteve na base da acusação contra os quatro arguidos, por ter comunicado ao Ministério Público a realização de uma manifestação não organizada junto ao Centro Cultural Vila Flor, em Outubro de 2006, por ocasião de uma reunião do Conselho de Ministros. Na sessão de hoje, o Tribunal ouviu testemunhas de defesa dos arguidos Margarida Leça e Francisco Vieira. Todas as testemunhas negaram ao Tribunal que se tivesse tratado de uma manifestação previamente organizada, confirmando que em momento algum a Polícia presente tivesse dado ordem de desmobilização aos manifestantes que exibiam uma faixa onde se lia 'Guimarães está mais pobre'.
O julgamento prossegue esta tarde para visionamento de um filme dos factos registado pela PSP. As alegações finais já estão marcadas para 14 de Abril.
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