Começa hoje o julgamento dos ex-administradores da Dextra
Está marcado para esta quinta-feira o início do julgamento dos últimos administradores da empresa Dextra. Jorge Reis Costa, a sua mulher Maria Júlia Mendes e os seus filhos Ana Maria e Jorge Miguel Costa, são acusados pelo Ministério Público de falência fraudulenta. Os arguidos são acusados de inúmeros actos que conduziram à"descapitalização em proveito próprio" da empresa que foi sediada em Santo Estêvão de Briteiros e conhecia situação de "grande prosperidade".
De acordo com a acusação, os arguidos que detinham o controlo absoluto da Dextra, herdaram uma empresa com 300 trabalhadores, um passivo de cerca de 500 mil contos e um activo, formado por imóveis, equipamentos, veículos, matérias primas e produtos acabados avaliados contabilisticamente em 400 mil contos mas com valor real de cerca de 800 mil.
De acordo com a acusação, a "descapitalização" da Dextra decorreu de
diversas acções, nomeadamente a "apropriação" de alguns bens imóveis da empresa, veículos, mercadorias acabadas sem facturação ou facturadas por valores inferiores aos reais, com apropriação do preço total da venda ou da diferença entre o pago e o facturado. Para além disso, acresce a aquisição de mercadorias facturadas em nome da Dextra, vendidas sem entrarem na empresa e com apropriação do valor pago, o mesmo acontecendo com veículos, créditos da sociedade.
Os arguidos são também acusados de onerar a empresa com despesas de materiais e salários de trabalhadores em obras levadas a cabo nas suas
diversas residências.
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