Greve dos professores e funcionários volta a encerrar escolas de Guimarães
Esta quarta feira a luta dos professores e assistentes operacionais volta a perturbar o desenvolvimento normal das actividades lectivas.
No Agrupamento de Escolas João de Meira a escola sede está encerrada todo o dia, já a EB1 de Oliveira do Castelo está fechada esta manhã mas poderá retomar as actividades letivas da parte da tarde.
É mais um dia de luta contra a municipalização da educação e depois do Primeiro Ministro garantir, ontem, que neste processo nunca foi equacionada a contratação de professores pelos municípios. João Martinho, professor da Escola João de Meira desvaloriza uma afirmação que "não atenua a luta dos professores".
"Uma coisa é o que ele diz e outra coisa é o que ele faz. Há uma resolução muito clara sobre uma das competências que passa para órgãos regionais, neste caso as CCDR, é a gestão dos recursos humanos. A partir daí eles fazem o que querem", afirmou.
Perante o «arrastar» deste processo, pais e encarregados de educação não escondem a sua preocupação pelo prejuízo causado aos alunos com greves sistemáticas. João Martinho sublinha que essa também é "uma preocupação para nós professores", sendo que "depois saberemos fazer a recuperação necessária como sempre acontece".
"Penso que reconhecerão que sempre tivemos as nossas preocupações com os alunos mas também temos de ter momentos em que pensamos em nós. Este aparente prejuízo que causamos aos alunos será recuperado com toda a certeza", concluiu.
Neste processo de luta de professores e assistentes operacionais das escolas, esperam-se desenvolvimentos na próxima ronda negocial entre sindicatos e ministério da educação. Até lá a greve continua até final deste mês de Janeiro.
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