Único laboratório de referência nacional em Inteligência Artificial fica sediado em Guimarães
A Fundação para a Ciência e Tecnologia aprovou a atribuição do estatuto e financiamento do Laboratório Associado de Sistemas Inteligentes (LASI), liderado pelo Centro Algoritmi, da Escola de Engenharia, da Universidade do Minho, reconhecendo assim o mérito à equipa de investigação que junta o Instituto de Polímeros e Compósitos e 11 centros de investigação do País. O LASI será coordenado a partir de Guimarães e é o único laboratório de referência nacional em Inteligência Artificial.
"Há muito que um conjunto de pessoas ambicionava criar uma estrutura de referência em Inteligência Artificial e Ciência dos Dados que fosse aglutinadora de centros de investigação do País, que representam o que se faz a nível nacional nestas áreas", comentou Paulo Novais, autor da proposta, indicando que "é um laboratório associado muito grande, somos 13 centros de investigação, ligados a várias instituições de ensino superior". "Somos mais de 540 investigadores que vão estar unidos, debaixo do laboratório associado de sistemas inteligentes, coordenado pela Universidade do Minho e pelo Centro Algoritmi", acrescentou, ao observar que "a concretização do sonho" está a roubar-lhe "algum sono, porque é uma grande responsabilidade". "É um grande sonho, que tem um longo caminho para percorrer. Mas, conseguimos ser reconhecidos como um laboratório de referência a nível mundial, o que é uma grande responsabilidade porque agora temos de trabalhar muito para merecer ter tido esta oportunidade", insistiu.
De acordo com Paulo Novais, ultrapassadas as exigência do concurso da Fundação para a Ciência e Tecnologia, "a equipa irá trabalhar mais e melhor para ainda sermos mais apoiados". "Queremos agregar pessoas com um grande entusiasmo para fazer mais e melhor pelo nosso País, disponibilizando a tecnologia e o saber nesta área. É um saber que vai distinguir as nações nas próximas décadas, sendo fundamental Portugal apanhar este comboio. E o LASI vem na prossecução da ambição desse sonho e dessa grande vontade de fazer coisas", explicou o responsável.
O Laboratório Associado de Sistemas Inteligentes agrega pessoas, instituições e centros de investigação de vários pontos do País e vai funcionar de modo distribuído, "mas a sua sede será em Guimarães". "A Universidade do Minho tem uma grande tradição nesta área. Há muitos anos que andamos a trabalhar neste domínio, temos saber acumulado, uma grande experiência na transferência de conhecimento para a indústria e para o ecossistema que nos circunda", destacou, ao apontar: "do ponto de vista científico é o maior desafio que estou a receber e no qual participarei com vontade, empenhamento e a humildade de querer fazer mais e melhor sempre, porque essa é a missão que nos deve nortear". Por isso, disse, "é uma honra porque é o único laboratório dedicado à Inteligência Artificial e Ciência dos Dados". "Queremos dar o mote para a utilização dos sistemas aplicados a cinco linhas temáticas: Indústria 4.0, Saúde, Cidades Inteligentes, Conectividade e apoio às políticas da administração pública", afirmou, ao dar conta dos cinco grandes vectores que vão nortear a actividade do laboratório que envolve centros de investigação da Universidade do Minho, o Instituto Politécnico do Cávado e Ave, Universidade do Porto, Instituto Superior de Engenharia do Porto, Universidade de Aveiro, Universidade de Coimbra e Universidade Nova de Lisboa.
"Tentamos criar sinergias. Temos um grande desafio e na próxima avaliação vamos conseguir demonstrar que merecemos muito mais", frisou, agradecendo o empenhamento do Município de Guimarães pela forma como acompanhou a proposta submetida ao concurso da FCT, disponibilizando até instalações.
Marcações: Fundação para a Ciência e Tecnologia, UMinho, Paulo Novais, inteligência artificial , FCT, laboratório associado, ciência dos dados, sistemas inteligentes