Domingos Bragança quer atribuir o nome de Albano Coelho Lima à Academia de Transformação Digital de Guimarães
O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães vai propor a atribuição do nome Comendador Albano Coelho Lima à futura Academia de Transformação Digital que o Município tem projectada para a antiga Fábrica do Alto, em Pevidém. Domingos Bragança falava este sábado na cerimónia de inauguração da requalificação do Largo do Pelourinho, em Selho S. Jorge, que também se deverá passar a chamar Largo Albano Coelho Lima, no âmbito das comemorações da Batalha de S. Mamede e que homenageou a memória do fundador da Coelima. Um homem que pautou a sua vida pela "humildade, trabalho e visão".
"Foi um homem marcante não só de Pevidém e Guimarães mas a nível nacional e internacional um ícone da indústria, um visionário e temos que fazer passar o seu exemplo para as gerações futuras", justificou.
O requalificado Largo do Pelourinho ostenta agora o busto de Albano Coelho Lima e o mural com que os trabalhadores homenagearam o fundador da Coelima na passagem dos 10 anos do seu falecimento que se encontravam na empresa e que agora passaram para o espaço público naquela que é o reconhecimento da comunidade pela sua vida e obra. Uma requalificação que o Presidente da Junta de Selho S. Jorge, Angelino Salazar considerou ter sido um processo "longo e difícil" só possível de se concretizar com o empenho de várias pessoas, a quem agradeceu, nomeadamente o Presidente da Câmara Municipal, os filhos Adelino Coelho Lima e Alexandre Coelho Lima, autor do projecto, e ainda do bisneto André Coelho Lima.
Na cerimónia um bisneto do homenageado, José Manuel Coelho Lima, lembrou "o exemplo de uma pessoa que todos deveriam ser".
"Para mim, a vida do avô Albano é a prova de que sem trabalho e esforço não se vai a lado nenhum. Um homem que passou de um pequeno tear nas traseiras de casa para uma fábrica enorme que deu emprego a mais de três mil pessoas. Não o conseguiu sem esse trabalho e esforço. Estamos aqui à frente de uma fábrica que tem quase um século e que era a segunda casa de tanta gente. Talvez o que mais destacava o avô Albano das outras pessoas e dos outros empresários fosse o relacionamento com os seus trabalhadores. Não era patrão, era colega; não dono da empresa, era mais um para construir uma empresa que era de todos", afirmou.
O filho do homenageado, Adelino Coelho Lima partilhou recordações do pai e do empresário que fundou uma empresa que no próximo ano completará 100 anos, pedindo "desculpa pela incapacidade de dar continuidade ao legado do fundador".
"Nesta oportunidade de falar em público desde 1991, quero pedir desculpas a quem trabalhou e ainda trabalha na Coelima pelo mal que vos causamos em não termos conseguido a boa continuidade da empresa e unicamente termos lutado com as armas que possuíamos para não deixar cair a Coelima", referiu.
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Marcações: Pevidém, 24 de Junho de 1128 - Batalha de S. Mamede , Coelima, Academia de Transformação Digital, Largo do Pelourinho , Albano Coelho Lima