Ave já garantiu investimento superior a mil milhões de euros do NORTE 2020
A sub-região do Ave alcançou a meta de investimento de 1,3 mil milhões de euros em fundos europeus, do NORTE 2020. Os dados foram apresentados pelo Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, que reuniu esta manhã com os autarcas dos oito municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Ave.
No actual quadro comunitário, a subregião do Ave atingiu um financiamento por fundos do Programa Operacional do Norte (NORTE 2020) que ascende a 1,3 mil milhões de euros, distribuídos por quase 3300 projetos. Deste investimento, mais de 60% foi atribuído a empresas, um indicador que se destaca face à média da região Norte e do País.
António Cunha assinalou, entre os maiores projetos empresariais, o projeto Continental Mabor (na casa dos 49 milhões de euros), o projeto do PORMINHO Alimentação (na ordem dos 19 milhões), o projeto da RACLAC - empresa de enorme relevância em dispositivos para Saúde - (na casa dos 14 milhões) e da PHAZPLAS e da COINDU (ambos na ordem dos 13 milhões de euros).
No investimento público, o maior investimento fica situado na cidade de Guimarães, na ordem de 11,5 milhões de euros, e é relativo à “reabilitação do Edifício Jordão e da Garagem Avenida para Escola de Música, Artes Performativas e Visuais”. O Gestor do NORTE 2020 destacou que projetos como este, “voltados para a reabilitação de edificado com interesse patrimonial/urbano, e orientado para funções sociais, educativas e culturais” devem “continuar a merecer a nossa atenção”.
O Presidente da CCDR-N lembrou ainda que o grande desafio a curto prazo é o da aceleração da execução dos projetos contratualizados no NORTE 2020, para que “sem perder um euro que seja”, seja ainda possível conceber e pôr em prática o próximo ciclo de ajudas comunitárias para o NORTE 2030.
António Cunha desafiou os autarcas de Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão e Vizela a “mobilizar braços para executar e a cabeça para pensar”. Para o Presidente da CCDR-N será vital ter um programa regional “robusto financeiramente” e ainda “com autonomia de gestão e que responda às necessidades e desafios da região, nos diferentes territórios”, alicerçados nestes encontros que considera serem de um “exercício de concertação estratégica”.
Em representação do Município de Guimarães, a vice-presidente Adelina Pinto sublinhou que a Autarquia está atenta aos instrumentos de financiamento. "Por força da pandemia, há uma baixa taxa de execução dos projecto, o que abre uma janela para o Município ir buscar mais verbas que não estariam disponíveis. Nós temos olhado para estas verbas para investir no território. Estamos a procurar algumas verbas para os lares, depois do investimento que fizemos nessa área durante a pandemia", sublinhou Adelina Pinto, acrescentando que a Autarquia de Guimarães "não pode fazer coisas pontuais, mas fazer algo que fique no território". "Os novos tempos não vão ser fáceis e temos de perceber onde podemos ir buscar verbas para colmatar a descida de receita", concluiu.
Marcações: Comunidade Intermunicipal do Ave, CCDR-N