BICMINHO quer criar 50 novos negócios e apoiar internacionalização de empresas com novo espaço em Guimarães

O BICMINHO está mais próximo dos empresários de Guimarães, dispondo de instalações no edifício do Instituto de Design de Guimarães, na Rua da Ramada, à zona de Couros.

Durante a cerimónia de inauguração do novo espaço, o Administrador Executivo do BICMINHO apresentou a estratégia de intervenção em Guimarães 2017-2020, justificando a criação do espaço como sendo uma resposta da instituição ao desafio lançado pelos empreendedores e Pequenas e Médias Empresas de Guimarães. "Mais de 30 por cento das empresas apoiadas nos últimos 15 anos são do concelho vimaranense", justificou Nuno Gomes, ao dar conta que até 2010 "o objectivo é apoiar a criação de 50 novos negócios, capazes de gerar o aparecimento directo de  150 novos postos de trabalho e, em simultâneo, ajudar 100 empresas existentes a modernizar e internacionalizar a sua actividade". "Queremos estar mais próximos dos empreendedores e das empresas e estamos aqui para responder ao desafio que as empresas fizeram, fazendo-nos sentir que precisavam de nós", disse, precisando que o BICMINHO já apoiou "200 empresas, com uma taxa de sucesso de 92 por cento".

"O BicMinho é uma instituição sem fins lucrativos certificada pela União Europeia para a promoção do empreendedorismo e da inovação, de apoio à criação de novas empresas e à modernização do tecido empresarial", observou, ao indicar que este centro europeu de empresas e inovação faz parte de uma rede de postos que estão espalhados por todo o mundo.
Numa região com elevada "pujança industrial é muito importante a internacionalização", advertiu o responsável do BICMINHO, ao referir que a instituição presta apoio, acompanhamento e consultadoria aos empresários "para terem mais sucesso nas suas operações, êxito que passa pela facilidade de acesso aos mercados internacionais".

Nesse sentido, Nuno Gomes estabeleceu “o compromisso do BICMINHO intervir de forma ousada e intensiva junto das empresas, ajudando-as a inovar e a exportar para novos mercados e, assim, contribuir para a criação de riqueza e emprego na região, reforçando o apoio de orientação, apoio, e acompanhamento técnico especializado aos empreendedores do Concelho, de forma próxima e personalizada". "Guimarães reúne condições únicas para se afirmar como o principal pólo dinamizador do desenvolvimento económico e competitividade da região", afirmou, manifestando o interesse de trabalhar em articulação com as universidades, as incubadoras de empresas e o Município, numa dinâmica pela ligação à rede europeia EBN – European BIC Network, a maior rede europeia de Empreendedorismo e Inovação composta por mais de 200 centros de empresas e inovação da União Europeia (EU-BIC).

Congresso Mundial de empreendedorismo

O responsável do BICMINHO realçou que com mais de 15 anos de experiência no apoio à criação de novas empresas e à modernização e internacionalização de PME. "Guimarães passa a ter uma espécie de front office da União Europeia com a abertura do novo espaço", assinalou, sublinhando a importância da realização do Congresso Mundial de Empreendedorismo e Inovação, que decorre entre os dias 28 a 30 deste mês, no Centro Cultural de Vila Flor. "É um marco histórico para Portugal. Fomos seleccionados pelos resultados obtidos pelo BICMINHO, afirmando o trabalho junto das empresas e dos empreendedores".
"A discussão será centrada na indústria e nos serviços de apoio, com destaque para o design, que  cria valor acrescentado para as empresas, contribuindo para a competitividade, prosperidade e bem-estar das regiões", sintetizou Nuno Gomes, assinalando que os trabalhos "vão decorrer em diferentes espaços", sendo esperada a presença de 500 participantes de todo o mundo.
A sessão inaugural contou ainda com a intervenção do presidente do conselho de administração do BICMINHO. André Vieira de Castro aludiu "à taxa de penetração elevada da instituição, junto das pequenas e médias empresas da região". "Parecia lógico que a nossa equipa pudesse estar baseada nesta região e o IDEGUI um local óptimo, ideal, até porque o design é tema do congresso". "É uma casa aberta de todos, onde se possa viver o ambiente BICMINHO", sustentou.

Guimarães com superavit de 100 milhões de euros

Em representação do Município, o Vereador responsável pela Divisão de Desenvolvimento Económico fez questão de destacar a relevância de uma estrutura como o BICMINHO para Guimarães "que têm um tecido industrial muito forte, uma economia pujante e a prova disso são os últimos dados de Julho, do Instituto Nacional de Estatística, que demonstram que o Município está a crescer e tem um superavit da sua balança de 100 milhões de euros". "O Bic Minho funcionará numa fase crucial como interface entre as start up, os incubados, para a materialização do seu produto e serviço. Há ideias fabulosas e start ups com capacidade para crescer que se perdem pelo caminho porque, depois, o seu mentor não conhece quem são os clientes, os fornecedores, se tem mercado ou não, qual os planos de negócios e de internacionalização", anotou. Ricardo Costa considerou que, "os territórios têm de ter uma palavra a dizer na competitividade das empresas, porque quanto mais competitivos forem vão alavancar as empresas. Se as empresas perceberem que Guimarães é um território competitivo, as empresas que cá estão vão querer ser mais competitivas que o território. E o território vai ser o elemento atractivo e catalisador desse desenvolvimento". 
Na sua intervenção, o Vereador defendeu que "Guimarães tem que apelar para que todos os holofotes estejam no seu território, porque assim todas a empresas vão ganhar", sugerindo até a possibilidade de no futuro a Autarquia criar uma Divisão de Inovação e Inteligência Artificial. "É uma provocação positiva, porque seria uma Divisão capaz de provocar nas outras divisões da Câmara a potenciar a sua inovação constante. "A melhor forma de prever o futuro é inventá-lo, provocando o desenvolvimento de novas ideias e quanto mais forte for a nossa presença estaremos mais preparados para concorrer. Queremos ser melhores do que aqueles que fazem melhor", concluiu.

Marcações: Economia

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