António Miguel Cardoso explica apoio a Reinaldo Teixeira para a Liga Portugal e defende "eliminação da Taça da Liga"
No texto, António Miguel Cardoso defende que “não há mais tempo a perder no futebol profissional”, concretamente “numa altura em que se verifica que a perda de competitividade é gritante, os adeptos se afastam progressivamente dos estádios devido à manifesta falta de conforto e de condições, os quadros competitivos se encontram desajustados e as sociedades desportivas se deparam com sérias dificuldades financeiras.”
O presidente do Vitória entende que os clubes que disputam as duas Ligas profissionais “deparam-se com recorrentes problemas financeiros e têm de dar um salto qualitativo na construção de academias de futebol e na remodelação profunda dos respetivos estádios, sendo esses objetivos alcançáveis somente através do aumento da competitividade, da valorização dos atletas e da participação das equipas em provas europeias”. Logo, argumenta que “faz por isso todo o sentido que a candidatura de Reinaldo Teixeira preconize o reforço no apoio à profissionalização.”
António Miguel Cardoso defende ainda que o candidato Reinaldo Teixeira “já assumiu ter soluções muito concretas para os problemas e carências do futebol profissional” e que o Vitória “não tem dúvidas de que produzirão importantes efeitos positivos”, por se tratarem de ideias “bem definidas, limpas de ambiguidade.” O Vitória, prossegue o dirigente, “estará na linha da frente, ao lado de Reinaldo Teixeira, na idealização e aplicação das medidas necessárias para impulsionar o futebol profissional e o futebol português em geral, sendo prioritária, como defende, a centralização dos direitos televisivos.” De resto, de acordo com António Miguel Cardoso, o Vitória “entende que a II Liga e a I Liga se devem aproximar em termos de distribuição de valores e considera que o modelo da centralização deve seguir o modelo da UEFA no que diz respeito à distribuição de receitas, em função da pontuação de cada clube.”
O Vitória “subscreve por completo” o plano apresentado por Reinaldo Teixeira, mas também avança com uma proposta para “que se profissionalize ainda mais a arbitragem através da criação de uma Comissão Independente que assuma a responsabilidade de classificar os árbitros e os VAR.” “Sendo este um domínio sensível do futebol profissional, é fundamental que todas as comunicações entre dirigentes dos clubes e Conselho de Arbitragem sejam tornadas públicas”, acrescenta António Miguel Cardoso, no artigo de opinião publicado no jornal ‘A Bola’.
Cardoso lembra também que “há muito para fazer no futebol profissional, a começar pela questão fiscal”, com uma redução do IRS no salário dos atletas, do IVA no preço dos bilhetes e ainda a autorização da venda de bebidas alcoólicas (ainda que de forma moderada). O presidente do Vitória também considera “urgente” a reformulação dos quadros competitivos. “A principal liga profissional deve manter 18 clubes, mas o calendário dos jogos deve ser menos pesado, justificando-se por isso a eliminação da Taça da Liga”, escreve.
Por fim, António Miguel Cardoso deixa críticas ao adversário de Reinaldo Teixeira, José Mendes. “Um respeitado docente universitário e que sempre prezou a ética, estranho que ainda não se tenha demitido da sua função de presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga Portugal, tendo agendado as eleições somente para 11 de abril, sabendo-se que estas ainda poderiam ocorrer duas semanas mais tarde. Valeu o bom-senso do Vitória SC, Estrela da Amadora, Farense e Leixões que contestaram, em sede de Assembleia Geral da Liga, a anterior proposta (24 de abril). Quando agendou a eleição, não era candidato; em menos de uma semana, apresentou-se como candidato.”
Marcações: Vitória Sport Clube, Liga Portugal, António Miguel Cardoso