Rui Machado faz balanço da época do Pevidém e revela que irá "pôr à consideração dos sócios a minha permanência na Direcção do clube"

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Concluída a temporada 2021/2022, marcada pela despromoção da equipa principal ao Campeonato de Portugal, o presidente do Pevidém, Rui Machado, deixou uma mensagem aos adeptos em que assume que “depois de anos consecutivos de sucesso, a desilusão e derrota vieram para nos relembrar que o desporto é mesmo assim: quando uns ganham, outros têm de perder. Os mais fortes predominam. Os resilientes lutam. Os audazes surpreendem. Só os fracos se conformam”. 

O dirigente revela nessa mensagem que irá colocar o seu lugar à disposição dos sócios numa Assembleia Geral, cumprindo assim uma promessa que tinha assumido: “Todos vieram a terreiro assumir responsabilidades: jogadores, equipas técnicas, e até directores. Chama-se a esse fenómeno “espírito de grupo” ou lealdade. Mas não se enganem: no que toca a responsabilidade, essa será sempre e exclusivamente minha. As costas não podem ser apenas para “palmadinhas”. E por isso, o meu lugar está (como sempre esteve) à disposição dos sócios e adeptos do clube. Lembro-me de ter dado uma entrevista onde dizia que me demitiria caso a equipa descesse de divisão. Irei por isso pôr à consideração dos sócios a minha permanência na direcção do clube numa assembleia geral próxima”.

Numa análise aos motivos do fracasso da temporada, Rui Machado foi mais pragmático. “A lei de Murphy, que de lei nada tem, vingou. Tudo indicava que poderia correr mal. E correu. Desde logo, a descaracterização do factor “casa”. Não que tenha faltado apoio da Tempo Livre, gestora do campo da Pista Atletismo de Guimarães. Antes pelo contrário. Um muito obrigado a todos eles por tudo fazerem para que nos sentíssemos em casa. Mas faltou ambiente, identidade e treinos no palco dos jogos dado a incompatibilidade de horários. A manutenção da grande maioria dos atores da fantástica época anterior também teve o seu peso. O romantismo no futebol é louvável mas pouco produtivo. O reconhecimento foi público mas não teve efeitos práticos. Apenas a equipa técnica teve propostas de outro nível. Mas até essa, talvez, por romantismo, e certamente, por espírito de missão decidiu ficar. Uma coisa os meus colegas e eu próprio sabemos: voltávamos a fazer tudo igual. Foram eles que mereceram ficar na história da primeira época da Liga 3. E que lindo foi!!! Organização impecável, visibilidade e promoção, arbitragens de alto nível, etc… O balanço é francamente positivo. Acredito que os pevidenses ainda hoje não perceberam o nosso feito e o privilégio que tivemos”.

Com a promessa de que “tudo faremos para dignificar o nosso símbolo e as nossas gentes”, Rui Machado deixou outras reflexão: “Culpar Juntas de Freguesia ou Câmaras Municipais por insucessos desportivos é injusto e desonesto. Umas apoiam mais que outras? Talvez. A questão prende-se com a qualidade do apoio. Apoios em infraestruturas são fundamentais. O resto é descabido e não fazem parte das suas funções. Cada um responderá perante o seu eleitorado. Sobre infraestruturas, falarei em tempo oportuno. Mas não posso deixar de vos dizer que o futuro é já amanhã e que é risonho. Vamos, mais uma vez, ser um exemplo a seguir. Com a visão acertada da nossa Junta de Freguesia e, como é óbvio, da nossa Câmara Municipal, iremos criar um espaço que sirva o clube e os seus atletas, mas também a comunidade escolar. Não percam os próximos capítulos! Entretanto, só vos peço duas coisas: paciência e apoio. Apoio nas bancadas ainda que degradadas. Paciência para as condições que oferecemos aos vossos filhos. Relembro, que apesar de tudo, somos certificados com 3 estrelas. Podemos não ser os melhores, mas também não somos certamente os piores. Porque somos Pevidém! E… Pevidém faz bem!”.


Marcações: Pevidém Sport Clube, Rui Machado

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