"Mal de mim seria se à 5.ª jornada pusesse tudo em causa apenas pelos resultados", assegura Fina, Director Geral do Pevidém

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Com apenas um ponto somado ao fim dos primeiros cinco jogos da Liga 3, o Pevidém está a protagonizar um início de temporada “aquém das expectativas”, assume o director geral do clube, Fina. O dirigente “contava” com as dificuldades que o plantel orientado por João Pedro Coelho está a experienciar, num campeonato “completamente profissional, com a excepção do Pevidém”.

Num cenário pouco animador, Fina recusa discursos negativistas e aponta o caminho a seguir. “Não contávamos derrapar tanto, mas o mais importante é que a nível directivo, técnico e do plantel temos todos consciência do que temos feito e do porquê de estarem a surgir estas derrotas”. São situações, garante Fina, que “infelizmente não conseguimos treinar dentro de campo”. “As nossas derrotas têm sido quase sempre originadas por erros individuais, fruto de um campeonato totalmente profissional, que mudou o cariz do trabalho. A exigência da Liga 3 faz com que os jogos estejam envoltos em maior ansiedade. A equipa revela ainda alguma imaturidade, estamos com dores de crescimento e isso faz com que os jogadores ainda não consigam revelar os índices de concentração que devam ter. Por isso, surgem os erros que custam pontos. É importante que isto esteja identificado para que possamos evoluir na competição, adquirir maiores níveis de concentração. As coisas vão melhorar”.

Com as correções “necessárias” o caminho que o Pevidém apontou para a temporada 2021/2022 “não será alterado”: “Formamos o plantel possível, mas o plantel que queríamos. Tivemos a perspicácia de escolher este grupo e que não o escolhessem por nós. Percebemos o momento que passamos, mas também sabemos para onde queremos ir. Mal de mim seria se à 5.ª jornada pusesse tudo em causa apenas pelos resultados. Não é por termos apenas um ponto que podemos colocar tudo em causa. Temos a firme convicção de que o caminho é este, até podemos estar errados mas a realidade é que as contas fazem-se no fim”.

“Com um estatuto de amador, que não pode servir de desculpa”, o Pevidém está no lote de “60 equipas que disputam campeonatos profissionais em Portugal”, lembra Fina. “É importante termos muita tranquilidade e essa tranquilidade deve ser passada pela estrutura directiva à equipa técnica e aos jogadores”, sustenta.

De acordo com Fina, o Pevidém teve a oportunidade de enveredar por outro caminho para enfrentar a Liga 3, uma vez que grupos de investidores manifestaram-se disponíveis a entrar na constituição de uma SAD. O cenário de investimento externo foi rejeitado pelo elenco de Rui Machado. “Achamos que não era o momento ideal e que não era o projecto ideal. Temos consciência dos investimentos duvidosos que têm sido feitos. Não podemos entregar isto tudo, que tanto custou a criar, para ser destruído em dois ou três anos. O Pevidém quer ser desta Liga 3, quer estar aqui muitos anos, mas não vai entrar em loucuras porque os resultados não estão a ser os esperados. Não se pode estar a destruir um clube”.


Marcações: Pevidém Sport Clube, Fina

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