João Duarte Carvalho: "Pevidém é um clube muito bom para um treinador jovem como eu trabalhar"
O que o levou aceitar o desafio de assumir a equipa sub-23 do Pevidém?: "Em primeiro lugar, quis corresponder a um convite de uma pessoa porquem tenho muita estima, o coordenador Pedro Ferreira. Depois, o facto de enquanto treinador ter objectivos em relação ao futebol, quero ser treinador profissional um dia e acho que tinha de agarrar esta oportunidade. Agora, tenho de fazer por valer a aposta em mim e tenho a certeza que vai ser uma aposta bem sucedida, estou confiante em relação a isso".
Assumir este passo no futebol sénior num clube como o Pevidém é ainda mais aliciante para um jovem treinador?: "É aliciante por ser o Pevidém, porque o Pevidém cada vez tem-se afirmado como o terceiro maior clube do concelho de Guimarães. Acho que as pessoas quando olham para o Pevidém, sem menosprezar os outros clubes, já o colocam num patamar diferente, apesar das suas origens humildes. É um clube muito bom para um treinador jovem como eu trabalhar, dá-nos as condições todas para termos sucesso. É um clube muito ambicioso, caso contrário não estaria onde está agora. É um clube que dá todas as oportunidades para as pessoas poderem singrar".
A equipa sub-23 do Pevidém pretende ser a antecâmara da formação principal?: "Penso que o projecto passa totalmente por isso. Claro que não podemos dizer que do plantel inteiro vão todos passar para a equipa principal, mas se conseguirmos colocar alguns elementos como conseguimos na época passada, em que subiram dois jogadores dos sub-23, acho que podemos dizer que os objectivos foram atingidos com grande sucesso porque é mesmo para isso que serve a equipa de sub-23. Queremos preparar os jogadores que saem da formação, quer do Pevidém, que está a começar a dar os primeiros passos, quer de outros clubes. Jovens jogadores que pretendem dar continuidade à carreira no Pevidém".
Neste caso, o treinador tem de ser um gestor de expectativas desses jovens atletas?: "Sim, muito. Neste projecto somos sinceros com toda a gente, os jogadores têm de ter na consciência que depende muito deles para chegar a um outro patamar. Depois, depende sempre de quem está na equipa principal, que tem de gostar do jogador, tem de gostar daquele tipo de jogador, porque os jogadores têm características diferentes e os treinadores têm gostos diferentes em relação aos jogadores. Depois, tem de haver uma sinergia e uma simbiose entre todos os elementos para que as coisas se proporcionem".
Na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga, o Pevidém vai olhar para a possibilidade de subir um patamar e estar mais perto da competitividade da Liga 3, onde está a equipa principal?: "Esse é o nosso objectivo competitivo, digamos assim. Estando a equipa principal na Liga 3, queremos ter a nossa equipa na divisão mais competitiva possível e o primeiro passo passa por subir ao Pró Nacional. Sei que é uma tarefa difícil porque as outras equipas também vão apostar forte na subida, estão a contratar jogadores com experiência, que é uma coisa que os nossos jogadores ainda não têm. Cabe a nós, equipa técnica, prepará-los para essas diferenças que vão aparecer durante o campeonato, principalmente na experiência".
A nível pessoal, entende que este passo pode ajudar a alavancar a sua carreira?: "Foco-me muito no presente, não aceitei este convite para me projectar. Claro que as coisas começam a acontecer naturalmente, mas desde que estou ligado ao futebol, quando entro nos projectos é para ganhar e depois o que vier, virá. Não estou preocupado com o futuro, estou é ansioso por começar a trabalhar, apenas isso".
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